O estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2018, divulgado nesta quinta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o saldo entre unidades locais de empresas criadas e encerradas no Tocantins foi negativo, em 2018. Enquanto 4.778 começaram o negócio, 4.856 companhias encerraram suas atividades naquele ano, gerando saldo de menos 78 empresas.
O levantamento considera somente as entidades empresariais, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações internacionais que atuam no país.
A taxa de sobrevivência das unidades locais de empresas ativas no Tocantins foi de 81,4% em 2018, o que representa 20.874. Já a taxa de entrada, conforme o estudo do IBGE, ficou em 18,6% (4.778) e a de saída, 18,9% (4.856). O estudo também analisou a taxa de sobrevivência das unidades locais nascidas em 2008. No estado, apenas cerca de 22,3% sobreviveram 10 anos depois e apenas 43,5%, após cinco anos do nascimento.
Analisando a série histórica da pesquisa, o Tocantins registrou crescimento no número de unidades locais de empresas de 2008 a 2013 e em 2015. Nos anos de 2014 e 2016 os dados mostraram queda (o que representa maior fechamento de empresas). Já os resultados de 2017 apontaram não só uma recuperação, como o melhor momento do período investigado (25.726 unidades ativas). Porém, em 2018 a pesquisa registrou novamente recuo, com 25.652 unidades locais ativas.
Atividade econômica
O segmento da economia tocantinense que mais se destacou em números absolutos no Tocantins foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 12.689 unidades locais ativas naquele ano e participação de 49,5%. Entretanto, se comparado ao ano de 2017 (13.162 empresas) houve redução de 3,6%. As atividades profissionais científicas e técnicas registraram o segundo maior número de empresas (1.664), em seguida vieram as indústrias de transformação (1.404), alojamento e alimentação (1.376) e construção (1.303).
Além do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas os setores de alojamento e alimentação e indústrias da transformação apresentaram reduções no número de unidades locais ativas, de 3,3% e 3,9% respectivamente. Já as atividades profissionais científicas e técnicas; construção; saúde humana e serviços sociais; transporte armazenagem e correios; atividades administrativas e serviços complementares; bem como o setor de agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, apresentaram contribuição positiva.
De acordo com o estudo, a atividade econômica com maior número de pessoas contratadas também foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Entretanto, não era o que melhor remunerava. No ano de 2018, 48.654 pessoas eram assalariadas desse setor, 14.623 das indústrias de transformação, 11.074 das atividades administrativas e serviços complementares e 10.394 da construção.
O segmento que melhor remunerava no estado, em 2018, era o de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com média mensal de 7,2 salários mínimos, seguido do setor de eletricidade e gás (4,6 salários). Considerando todas as atividades empresariais, em média, os servidores recebiam 2 salários mínimos.
Levando em conta todas as Unidades da Federação nacional, o Tocantins ocupou a 18º colocação no ranking da média salarial dos servidores do setor privado formal, ficando à frente de quatro estados da região norte: Amapá, Rondônia, Roraima e Acre. O Distrito Federal, com remuneração média de 3,5 salários mínimos, teve a melhor colocação.
Entenda a pesquisa
A pesquisa Demografia das Empresas analisa alguns aspectos da dinâmica demográfica do segmento formal das empresas brasileiras, em particular, os movimentos de entrada, saída e sobrevivência dessas entidades no mercado, com base nas informações do Cadastro Central de Empresas – Cempre.
O estudo também traça um panorama geral dos movimentos demográficos das empresas no mercado, segundo o porte e atividade econômica, bem como sobre a mobilidade segundo o porte, tendo como base a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0. São disponibilizadas também informações sobre as empresas de alto crescimento e um subconjunto dessas empresas com até 5 anos de idade denominadas "gazelas". (Assessoria de imprensa)
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