Em entrevista exclusiva ao Diário Tocantinense, a chefe de departamento responsável pelo Projeto de Concessão de Unidade de Conservação do BNDES, Camila Carvalho Costa, disse que será investido mais de R$ 10 milhões, no Projeto de Concessão das Unidades de Conservação do Jalapão e do Cantão.
Estão em estudo em todo o Brasil, 26 reservas de conservação, com mais 10 para entrar em estudo, após avaliações. “O trabalho é realizado com um plano de médio e longo prazo. O dinheiro é aportado para pagar as consultorias. Estamos trabalhando com três consórcios de consultorias que vão atender todos Estados. Por exemplo, no Tocantins este montante de R$ 10 milhões são inicialmente para estudos e pessoal envolvido nos trabalhos, nos parques”, explicou Camila.
Ela conta que, a primeira vez que esteve com a equipe do Governo do Estado, foi no ano de 2020. “Chegamos a assinar um acordo do BNDES e Estado do Tocantins para essa pauta de concessão. O Estado demonstrou interesse e colocando para discussão os parques do Jalapão e Cantão”.
Camila explicou que a ideia é valorizar ainda mais o ecoturismo, beneficiando áreas de visitação, por exemplo – A região das dunas, partes do Jalapão que tem esse potencial de exploração turística. “O BNDES faz este estudo, com um olhar social como tornar o parque atrativo e privado, a parte econômica e financeira”.
Para o Tocantins, foi selecionado estes dois parques. “Mas o BNDES acredita bastante na agenda, não só de ecoturismo mas que mexe com o desenvolvimento da comunidade no Jalapão, por exemplo, tem comunidades mais frágeis, comunidades que carecem de infraestrutura de desenvolvimento- Então ao levar projetos como este a gente também desenvolve o entorno”.
O Governo do Estado disse que os dois parques contabilizam em torno de 50 mil visitantes por ano e 90% destas visitas acontecem no Jalapão. “A meta, em médio prazo, é ampliar isso para 500 mil visitantes ao ano. Ainda vale lembrar que uma vez dentro do Tocantins esses turistas vão conhecer Palmas e outros atrativos, o que vai aumentar muito os benefícios”, disse o secretário Executivo do Conselho de Parcerias e Investimentos do Tocantins, Robson Ferreira.
Concessão
A responsável pelo projeto, destacou que é um trabalho minucioso, de muitos olhares de infraestrutura, do socioambiental, para estar atraindo o privado.
É importante explicar a diferença entre privatização e concessão. “A privatização é uma venda definitiva, o Estado não poderá mais ter a posse. Já a concessão, tem um tempo determinado e específico, que concede uma área por exemplo, para o privado por um tempo determinado podendo ser renovado ou não”.
Uma das ideias é direcionar o projeto, em rota turística. “Tentando identificar as regiões turísticas que se conectam pra que eventualmente tenha um trabalho mais focado da Secretaria de Turismo, e o restante do Estado consiga se beneficiar desse fluxo que será atraído aí para os parques do Jalapão e Canto”
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