Com o início das campanhas de vacinação contra a covid-19 no Brasil, surgiram os primeiros relatos de pessoas que estão passando na frente dos grupos prioritários, os chamados "fura-filas". Entre os registros, divulgados surgiu nesta semana uma denúncia junto ao Ministério Público do Tocantins, de que o Prefeito de Pequizeiro, Jocélio Nobre da Silva (PSD), teria autorizado a vacinação de seu pai e de mais duas pessoas que não eram o principal grupo prioritário, como o caso de servidores do quadro da saúde que atuam no combate ao Covid-19.
De acordo com a denúncia as primeiras vacinas chegaram em Pequizeiro no dia 20 de janeiro para vacinar exclusivamente os trabalhadores da saúde. “No dia 22 de janeiro escolheram não se sabe a razão 03 idosos para tomarem a vacina, endereçada aos membros da saúde”, diz trecho do documento.
Segundo o Plano Nacional de Imunização, elaborado pelo Ministério da Saúde, definiu como grupos prioritários os idosos e deficientes residentes em institutos de longa permanência, profissionais de saúde e indígenas aldeados. No plano, o ministério recomenda uma "ordem de priorização" entre os profissionais de saúde, com as equipes de vacinação, trabalhadores de asilos e funcionários de serviços de saúde público e privados que atuam na linha de frente do combate à covid-19 em primeiro lugar. Estados e municípios podem, dentro dessas categorias, "adequar a priorização conforme a realidade local". Na denúncia de pequizeiro foi alegado ‘certo’ favoritismo a apenas três idosos.
Especialistas defendem que a vacinação contra a covid-19 deve ser uma estratégia coletiva, não individual, com o objetivo de proteger as pessoas que pertencem aos grupos de risco e as que estão mais expostas ao vírus que já matou mais de dois mil brasileiros.
Procurado o MP do Tocantins, informou que foi instaurado procedimento, entretanto ainda não foi finalizado.
O DT solicitou por e-mail nota da Prefeitura de Pequizeiro e aguarda um posicionamento da gestão ou do prefeito.
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