O deputado federal Vicentinho Júnior (PL) fez uma nova ofensiva contra o governador Mauro Carlesse (DEM) nas redes sociais nesta última quinta-feira, 25, em uma série de vídeos publicados em seu Ig pessoal do Instagram. O alvo desta vez foi escolhido pelo parlamentar foram dois aditivos de contrato da Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado (Seciju) que trata da alimentação de presos. Críticas quanto à falta de investimentos no combate à Covid-19 também foram feitas contra Carlesse. O Palácio Araguaia reagiu em nota a toda a imprensa e cobrou do parlamentar a destinação de recursos para a saúde e o acusou de disseminar informações falsas para o povo tocantinense.
Junior colocou em dúvida uma suposta falta de capacidade de investimento que estaria sendo alegada pelo Estado. “Eu tento crer, tento acreditar, na boa-fé deste atual governador do Tocantins, Mauro Carlesse. Dou voto de confiança, faço minha parte em Brasília junto à bancada federal e mandou para cá os recursos necessários para o enfrentamento da Covid-19. E quando ele fala que falta recurso […], eu quase acredito”, ironizou o parlamentar, citando que o Executivo estaria utilizando tal argumento para justificar atraso no pagamento de servidores e dificuldades na compra de vacinas, testes e equipamentos de proteção individual (EPI).
O congressista elevou o tom: dois aditivos da Seciju em uma contratação para garantir a alimentação dos reeducados do Estado. “Falo quase, porque quando vou averiguar o Diário Oficial me deparo com o absurdo deste”, disse Vicentinho Júnior. “Aí, pasmem! […] O governo do Estado aumenta quase 35%. Vejam bem, aumentaram em um contrato R$ 8.814.103,26 e em outro, R$ 1.126.409,74; dando um total de R$ 9.940.513,00”, acrescentou o deputado, que lembra que a inflação do último ano ficou em apenas 4,52%.
Finalizando o vídeo o deputado Federal Vicentinho Júnior (PL), pede que órgãos de fiscalização investiguem os aditivos e provoca o chefe do Executivo. “Governador, ponha a mão na consciência. Está sobrando dinheiro para aumentar 35% o valor de dois contratos? Quase R$ 10 milhões. Pelo amor de deus! Espero que Ministério Público Estadual e Federal acompanhem isto aqui de perto. Tem cheiro de coisa errada, cara de coisa errada. Não justifica. Fica aqui o alarme, o alerta”, disse o deputado, que volta a cobrar o democrata. “Faça esta reflexão, Carlesse. Veja o que vale a pena, se é encher o bolso de empresário de Goiânia ou se encher o coração dos tocantinenses comprando as vacinas”, encerra.
Em nota o Palácio Araguaia defende que o congressista “falta com a verdade” ao atribuir ao chefe do Executivo falas “nunca ditas” sobre a falta de recursos para salários, abertura de leitos, aquisição de vacinas e testes. “Não encontrará nem na imprensa ou em qualquer pronunciamento do governador afirmações como as ditas pelo parlamentar e atribuídas ao governador, tratando-se, portanto, de novas afirmações inverídicas do deputado Vicentinho Júnior”, resume. A nota aproveita para elencar algumas ações da administração, como a volta do pagamento da folha em dia e o enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O governo Tocantinense reforçou na nota a legalidade dos aditivos com uma provocação ao parlamentar e se demonstrou tranquila em relação a qual atuação dos Ministérios Públicos e órgãos de controle. “Diferente do deputado, a população tem conhecimento do quanto os preços dos itens que compõem a alimentação básica de todos os brasileiros tiveram aumento no último ano, bem acima da inflação. E essa é mais uma informação pública, que só Vicentinho Júnior desconhece. Os aditivos a esses contratos foram confeccionados obedecendo todas as normas legais e estão à disposição dos órgãos de controle para a devida fiscalização”, anotou.
Ainda em nota o governo Mauro Carlesse encerra com uma crítica à postura do liberal diante da crise epidemiológica provocada pela Covid-19. “Tanto a população tocantinense, quanto o governador Mauro Carlesse, entendem que a atuação do deputado Vicentinho Júnior em Brasília, seria muito mais produtiva se o mesmo destinasse recursos para a Saúde do Estado investir na melhoria da qualidade do atendimento para a população, ao invés de atuar somente em redes sociais, disseminando informações falsas e se promovendo em cima da fragilidade das pessoas por conta da pandemia”, conclui.
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