O valor da outorga de R$ 320 milhões a ser pago pelo Consórcio Eco-153 ao governo federal garantiu uma aplicação de R$ 960 milhões na Conta de Aporte da concessão do trecho da BR-153 entre Aliança (TO) e Anápolis (GO). Com esse dinheiro na conta de aporte podem ser aceleradas as obras na parte do Tocantins, que vai de Aliança até a divisa de Goiás. O leilão ocorreu nesta última quinta-feira, 29 de abril, na Bolsa de valores de São Paulo.
Para a bancada federal o resultado do leilão foi positivo e, agora, os deputados e senadores do Estado esperam que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) cumpram a recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) e coloquem os investimentos do Tocantins em contrato. Além da recomendação, o próprio ministro fez essa proposta ao coordenador da bancada deputado federal Tiago Dimas (Solidariedade-TO) em reunião-almoço no dia 14 de abril.
“O resultado do leilão foi satisfatório. O que esperamos agora é que previsão de investimentos compensatórios no Tocantins seja feita em contrato o quanto antes, pois os tocantinenses precisam ter uma garantia de que o compromisso será cumprido”, salientou Tiago Dimas.
A recomendação do TCU, inclusive, fez parte de todas as falas do ministro durante o leilão, que garantiu que será sim cumprida. “Nós temos R$ 960 milhões presos ao projeto, então dá para fazer todo o investimento que foi combinado (no Tocantins) e sobra um bocado para as melhorias”, disse o ministro ao ser questionado no leilão.
A bancada informou que seguirá vigilante acompanhando em detalhes todos os próximos passos deste processo, tendo em vista que a BR-153 é fundamental para o Tocantins. Além disso, os congressistas lamentam a falta de espirito público do governador Mauro Carlesse (PSL) que atacou a representação no TCU, fundamental para o desfecho, até então, positivo para a questão. Antes de o tema ser levado à tona pela bancada, o governo do Estado só havia se manifestado em 2019. Mesmo após o edital vir a público, somente a bancada federal levou adiante o tema na imprensa, no TCU e na ANTT para buscar soluções em defesa dos tocantinenses.
Somente a adequação do contrato garantirá que as obras no Tocantins ocorram da mesma forma que em Goiás. Os deputados e senadores seguem vigilantes, cumprindo o dever para com os tocantinenses, e esperam que todos se unam nessa luta.
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