Diante do aumento de casos de COVID-19 pelo país e da circulação de novas linhagens da variante Ômicron ? com ênfase na sublinhagem BQ.1, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde voltou a recomendar neste domingo, 13, a utilização de máscaras de proteção. A orientação do governo é voltada especialmente para idosos e pessoas em grupos de risco.
Só neste início do mês, entre 6 e 11 de novembro, foram notificados 57.825 casos e 314 mortes causadas pelo coronavírus. A média móvel dos últimos sete dias ficou em 8.448 diagnósticos diários, representando um aumento de 120% em relação à semana anterior, com 3.834.
De acordo com o Boletim, a média móvel de óbitos foi de 46, um acréscimo de 28% se comparado com a última semana, com 36.
A orientação do ministério acontece principalmente para pessoas com fatores de risco para complicações da Covid-19, em especial imunodeprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.
Esquema vacinal
Além disso, o Ministério da Saúde reforça a importância de completar essa etapa do ciclo vacinal, aumentando a imunidade contra a doença. Estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.
A primeira dose de reforço, recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. Já a segunda dose de reforço, no momento, é recomendada pelo Ministério da Saúde para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde independentemente da idade.
As vacinas recomendadas para as doses de reforço são da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen – essas podem ser utilizadas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, preferencialmente deve ser utilizada a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina CoronaVac na dose de reforço.
Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é a seguinte: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos; e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos. O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo; e os outros devem obedecer ao intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen para as doses de reforço.
As recomendações do Ministério da Saúde foram feitas a partir de estudos que demonstram que a imunogenicidade após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.
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