O dólar comercial fechou nesta terça-feira, 22, devolvendo as perdas iniciais e retomando o fôlego frente ao real. Esse cenário é interpretado por muitos especialistas como dúvidas de investidores sobre como ficará o texto final da PEC da Transição e temores de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolha uma pessoa muito à esquerda para chefiar seu Ministério da Fazenda.
“A bolsa baixou de nível e o dólar subiu, mais pelo discurso do Lula de que daria atenção especial às causas sociais, mesmo que tivesse que furar o teto, o que acabou deixando os investidores de fora preocupados”, explica o professor de Direito da UFT, atuante em Sociologia e Ciência Política, João Portelinha.
Em seu discurso, no sábado, 19, disse que a responsabilidade fiscal é importante, afirmando que “não podemos gastar mais do que a gente ganha”, embora tenha reforçado seu compromisso com o investimento na economia e no bem-estar social do país. No dia anterior, 18, Lula já havia dito ter ficado feliz com a carta aberta de economistas que alertavam para o risco de se subestimar reações adversas dos mercados financeiros a medidas que vão.
Dólar
Perto das 13h10, o dólar subia 0,87%, a R$ 5,3264, no mercado à vista. Na mínima, foi a R$ 5,2849 e, na máxima, a R$ 5,3689. Já o dólar futuro para dezembro avançava 0,62%, a R$ 5,3645. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas principais, operava em queda de 0,45%, aos 107,35 pontos. Frente a emergentes, a moeda americana.
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