A cultura de negligência e o preconceito contra os exames de prevenção ao câncer de próstata foram os assuntos mais abordados durante uma mesa redonda promovida pela Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto), na manhã desta quarta-feira, 23. O evento fez parte da programação do “Novembro Azul”, que visa a estimular a prevenção e o tratamento da doença.
A agenda teve início às 7h30, na Sala de Reuniões da Presidência, com a coleta de sangue dos homens, realizada pelo laboratório LabExtato. Após uma pausa para o café da manhã, foi iniciada a mesa redonda com a participação do urologista Rudinei Brunetto, do psiquiatra Luiz Prestes Seixas Filho, da fisioterapeuta Talita Brunes Feitosa e da doutora Ana Paula Pedreira Lima Rocha, da Diretoria de Saúde da Aleto, que fez a mediação.
Após a apresentação de um rápido painel sobre as características da glândula do sistema reprodutor masculino, as formas de tratamento e prevenção do câncer de próstata, foi dada a palavra aos servidores da Casa para questionamentos e perguntas.
Os assuntos mais abordados pelos presentes estão relacionados à necessidade de fazer os exames, os riscos da idade, uso de remédios alternativos, fatores genéticos, formas de tratamento e disfunção erétil.
Segundo os especialistas, a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Alertaram que mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos de idade, com fatores de risco, ou dos 50 anos, sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, bem como sobre o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico).
Esclareceram que cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise laboratorial, guiadas pelo ultrassom transretal.
E concluíram que a indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estágio da doença e expectativa de vida.
Dados
Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.
Presenças
O evento contou com a participação da esposa do presidente da Assembleia Legislativa, Antonio Andrade (Republicanos), Virgínia Andrade, que organizou a programação do “Novembro Azul” na Casa. “Agradeço a presença de todos os servidores, da equipe médica, e peço a todos que façam os exames de prevenção o mais cedo possível”, concluiu.
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