Uma das áreas de maior preocupação quando se pensa em educação, a educação no ensino médio e recorrentes problemáticas — entre elas a suspensão do cronograma nacional de implementação do novo ensino médio, a violência que circunda as escolas, obras inacabadas, qualidade dos cursos superiores, oferta de tempo integral e baixos índices de aprendizagem. Pautas amplamente defendidas pela Senadora Dorinha Seabra (UB-TO), relatora da subcomissão do Ensino Médio.
Segundo ela, o ensino médio, se priorizado, evitaria inúmeros problemas, dentre eles a evasão das graduações e empregos que precisam de qualificação profissional. Ela afirmou ser preciso buscar alternativas para valorizar o ensino médio e assim toda a educação brasileira.
“Hoje o ensino médio é o maior desafio da educação brasileira. O número de jovens que não estudam ou trabalham, a falta de identidade entre o ensino médio e o mundo do trabalho, e até mesmo a vida pessoal, provoca ao longo dos anos o abandono, a desistência e além de tudo a falta de conexão do ensino médio e profissional, explica a senadora.
Ao destacar o "compromisso com alternativas e modelos de financiamento para o ensino médio”, a senadora tocantinense, afirma que já tem trabalhado nesta demanda e, após a suspensão o PL para que uma comissão apure e presente um relatório qualitativo, afirmou que a pasta está priorizando “foco, diálogo e união” entre o ministério, conselhos, comunidade e estudantes.
“Nos aprovamos agora uma reforma que foi adianta a sua implementação, no cenário nós temos uma comissão. Essa comissão tem 180 dias para apresentar um relatório e as definições sobre o ensino médio. Vamos ouvir alunos, professores, comunidade, o próprio ministério da educação e conselho de secretários. Nosso objetivo é encontrar alternativas, modelos de financiamento para o ensino médio. É importante acompanhar o trabalho, porque é no ensino médio que nós fazemos a nossa formação profissional e o preparo para a cidadania”, afirma Dorinha.
Ceensino
Em sua primeira audiência pública, no último dia 09 de abril, a Subcomissão Temporária para Debater e Avaliar o Ensino Médio no Brasil (Ceensino) recebeu o vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, resentantes do Ministério da Educação (Mec), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Ao todo serão realizadas sete audiências públicas, além de uma pesquisa de opinião pública — que seria implementada pelo DataSenado — sobre a percepção de "desafios e perspectivas para o ensino médio". O plano também prevê visitas parlamentares a escolas públicas de ensino médio.
Vinculada à Comissão de Educação (CE), a Ceensino foi criada em atendimento ao requerimento da senadora Teresa Leitão (PT-PE). Ela terá 180 dias para debater os desafios e as perspectivas do ensino médio diante da reforma instituída pela Lei 13.415, de 2017. Na instalação da subcomissão, a senadora Teresa foi eleita presidente. O novo colegiado é composto por outros quatro senadores: Professora Dorinha Seabra (União/TO), Izalci Lucas (PSDB/DF), Augusta Brito (PT-CE), e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP).
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