Atriz há doze anos e dublê de ação há seis, a goiana Kyvilin Padilha estreou em sua primeira personagem numa novela na Rede Globo de Televisão, a Nadir em “Amor Perfeito”, escrita por Duca Rachid, Júlio Fischer e Elisio Lopes Jr., novo folhetim das 18h. Na trama, a personagem conhece a protagonista Maria Elisa, a Marê (Camila Queiroz) logo na primeira semana, na cadeia.
Nadir e sua colega de cela Alice (Karen Coelho) são presas políticas e conhecem Marê atrás das grades, após ela ser condenada injustamente e ainda por cima grávida. As três desenvolvem uma amizade e uma cumplicidade diante da situação e Nadir acaba salvando Marcelino ainda bebê, empurrando-o num barco pelo rio.
“Foram cenas emocionantes, com muitos momentos de ação e tensão”, revela a atriz, convidada para viver o papel e que, em breve, também poderá ser vista em “Os Outros”, com Drica Moraes, série prevista para estrear este ano no Globoplay, disse ela ao DT.
Sobre Nadir, a goiana revela estar vivendo um sonho: “Estou envolvida no projeto desde dezembro e participei de todos os processos: workshop, leituras de mesa, preparação de elenco e também da viagem a Caxambu-MG, que serviu de locação para as cenas… Tem sido uma experiência incrível e um dos momentos mais gratificantes da minha carreira”.
Mais sobre Kyvilin Padilha
Kyvilin Padilha não tem medo do perigo. Anda muito bem a cavalo, fez hipismo na adolescência, chegou a fazer algumas aulas de ginástica olímpica, tiro esportivo e já encarou cenas pendurada em penhasco, de perseguição, atropelamento, queda, escalada, afogamento, entre muitas outras. Em “Amor Perfeito”, foi a única das atrizes que dispensou dublê, executando todas as cenas de ação em que aparece e, entre outros riscos nas gravações, precisou escalar uma pedra grande e escorregadia.
“Essa personagem me deu exatamente o que eu buscava quando decidi ser dublê, em 2017. O meu propósito era oferecer um diferencial enquanto atriz, para que eu pudesse viver cenas de perigo e interpretar ao mesmo tempo, e a Nadir me trouxe isso”, diz.
Apaixonada por ação, Kyvilin Padilha é formada pela CAL e carrega anos de experiência no teatro
Kyvilin sempre foi fascinada por ação e decidiu pela carreira de atriz ainda criança após se encantar com cenas de um dos seus maiores ídolos, Tom Cruise, em “Missão Impossível”. Dublê há seis anos, ela já substituiu atrizes como Sophie Charlotte e Regina Casé, ambas em “Todas as Flores”, inclusive na decisiva cena em que Vanessa (Letícia Colin) empurra Maíra (Sophie) de uma escada. Também foi dublê de Alessandra Negrini em “Orgulho e Paixão”; de Adriana Garambone e Day Mesquita em “Jesus”; de Juliana Boller em “Reis”; de Thaís Muller e Camila Rodrigues em “Topíssima”; entre muitas outras.
Kyvilin começou no teatro amador aos 10 anos, ainda em Goiânia. Já viveu papéis em episódios do Porta dos Fundos; na série “Homens?” (2019), da Amazon Prime; e na novela “Gênesis” (2021), da Rede Record. Ansiosa para encarar sua primeira personagem numa trama da Rede Globo, ela também tece elogios à colega de cena, Camila Queiroz.
“Camila foi extremamente generosa. É uma atriz dedicada e muito sensível, nos deixou totalmente à vontade em cena, sendo sempre respeitosa e divertida, uma excelente profissional”, diz.
Formada em Artes Cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras, Kyvilin Padilha também dança e possui uma vasta experiência no teatro. Desde que deixou a faculdade de Publicidade e Propaganda em Goiás e rumou ao Rio de Janeiro, cidade onde vive desde 2013 – e de onde só saiu na pandemia – ela já atuou nas peças “”Bailei na Curva””, “Delicioso Lugar””, “”Don Juan””, “”Marca Registrada”” e no musical “”Suspiro Colegial”. Também é formada em interpretação pela Academia Internacional de Cinema (AIC).
Foi uma das idealizadoras e fundadoras do grupo Teatro de Acácia, no qual exerceu as funções de produtora e atriz. Com o mesmo grupo, ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro de Guaranésia, em Minas Gerais, em 2018, pelo espetáculo “Efêmera”.
Nas redes sociais, ela compartilha um pouco do seu dia a dia e de sua rotina de riscos e, após “Amor Perfeito”, pretende se dedicar ao curta “Represa”, em que também assina o roteiro.
“Quero continuar me dedicando a essa vida dupla de atriz e dublê e, cada vez mais, buscar espaço para mostrar meu trabalho e minhas convicções enquanto artista”.
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