Um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforça a necessidade de atenção redobrada em relação às internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente as relacionadas ao vírus influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), este último sendo um dos principais causadores de bronquiolite em bebês. Os grupos mais afetados continuam sendo crianças e idosos, que também lideram os registros de mortalidade.
De acordo com a Fiocruz, o levantamento atual revela uma situação diversificada no país. Enquanto alguns estados indicam uma reversão na tendência de aumento de casos, outros continuam a registrar crescimento semanal. Em particular, os dados do Rio Grande do Sul exigem maior cautela na interpretação devido a possíveis impactos na capacidade de atendimento e nos registros eletrônicos de novos casos de SRAG no estado.
O aumento das síndromes respiratórias no Brasil está relacionado principalmente ao VSR, gripe e rinovírus, todos podendo levar à SRAG em casos graves. Para o VSR, alguns estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste já observam uma interrupção no crescimento ou até mesmo uma queda nos casos. No que tange à influenza A, há uma desaceleração observada no Nordeste, e em parte das regiões Norte e Sul do país.
Capitais em Alerta
Entre as capitais, 11 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Natal (RN), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de casos positivos para vírus respiratórios foi de 25,8% para influenza A, 0,4% para influenza B, 56% para vírus sincicial respiratório e 4,5% para COVID-19. Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os casos positivos foi de 47,6% para influenza A, 0,3% para influenza B, 17,6% para vírus sincicial respiratório e 26,6% para COVID-19.
Vulnerabilidade de Crianças e Idosos
O impacto das internações por SRAG continua a refletir um padrão comum: afeta principalmente os extremos das faixas etárias. Crianças menores de dois anos e pessoas com mais de 65 anos são os grupos mais vulneráveis, com as crianças constituindo a maior parte dos casos. A mortalidade também segue um padrão similar, com taxas em crianças se aproximando daquelas observadas em pessoas com mais de 65 anos.
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