O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, saiu à frente no primeiro turno das eleições parlamentares da França, realizado neste domingo (30). De acordo com o Ministério do Interior francês, o RN obteve 33% dos votos. A coalizão de partidos de esquerda, conhecida como Nova Frente Popular, ficou em segundo lugar com 28%, enquanto o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron terminou em terceiro, com 20% dos votos.
O pleito, convocado com apenas três semanas de antecedência, registrou uma alta participação eleitoral, refletindo um forte engajamento dos eleitores apesar do voto não ser obrigatório na França. O resultado confirma as projeções das pesquisas de intenção de voto, que indicavam o avanço do grupo político de Le Pen.
Antes da divulgação dos resultados, Macron propôs uma aliança ampla entre “candidatos republicanos e democráticos” para o segundo turno, que ocorrerá em 7 de julho. Marine Le Pen, por sua vez, pediu aos eleitores para garantirem a maioria absoluta no Parlamento para sua sigla.
Nomes influentes da Nova Frente Popular começaram a indicar uma possível aliança com Macron ou um apoio ao bloco centrista. Jean-Luc Mélenchon, líder do partido França Insubmissa dentro da coligação de esquerda, declarou que retirará seus candidatos caso a coligação termine em terceiro lugar.
No sistema político semipresidencialista da França, os eleitores determinam a composição do Parlamento, e a sigla ou coalizão mais votada indica o primeiro-ministro, que governa em conjunto com o presidente. Caso presidente e primeiro-ministro sejam de diferentes correntes políticas, a França enfrentará um governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país.
O segundo turno das eleições parlamentares, marcado para 7 de julho, decidirá a configuração final do Parlamento francês.
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