O Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024, divulgado nesta quarta-feira (3), revelou o desempenho das capitais brasileiras em termos de qualidade de vida. O estudo, que avalia aspectos como saúde, moradia e educação, mostrou que Palmas, a capital do Tocantins, ocupa a 9ª posição no ranking, com um IPS de 68,07.
Palmas se destaca como a 9ª melhor capital em termos de qualidade de vida, evidenciando um progresso significativo na região Norte do Brasil. A avaliação positiva da cidade reflete seu desempenho em áreas essenciais para o bem-estar dos seus habitantes.
Brasília e Goiânia no topo do ranking
Entre as capitais, as melhores notas foram para cidades planejadas, explicam especialistas. Assim, Brasília (DF) foi a vencedora, seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). Brasília lidera o ranking com um IPS de 71,25, seguida por Goiânia, com 70,49. Essas cidades demonstram alta eficiência em serviços e acessibilidade a direitos fundamentais.
Brasília, no primeiro lugar, é reconhecida pela sua superioridade em campos como saúde, acesso à informação e sustentabilidade ambiental, além disso, tem rede de serviços e ótima infraestrutura e a renda per capita diferenciada. Já Goiânia, mesmo com alguns problemas, tem boa organização e é bem planejada.
Metodologia
O IPS Brasil avalia a qualidade de vida nas capitais brasileiras, considerando indicadores como acesso à nutrição, qualidade do meio ambiente e segurança pessoal.
O estudo também expõe contrastes significativos entre as regiões do Brasil. Enquanto o Sudeste apresenta cidades com pontuações elevadas, a Amazônia Legal possui municípios com indicadores críticos, ressaltando a necessidade de atenção às disparidades regionais.
Utilizando a metodologia do Social Progress Imperative, que desde 2014 avalia o progresso social com base em 57 indicadores, os dados coletados por instituições globais, oferecem uma visão abrangente sobre o desenvolvimento social das cidades brasileiras.
Crimes ambientais e precariedade social na Amazônia
As cidades com piores resultados do Brasil ilustram situações emblemáticas na Amazônia. Anapu (PA), por exemplo, o 11º pior, é a cidade da tragédia da Irmã Dorothy, em uma região de muito desmatamento. Jacareacanga (PA) sofre com o intenso garimpo e Trairão (PA) com a extração ilegal de madeira.
A Amazônia enfrenta problemas sociais críticos devido à sua vasta extensão e logística desafiadora, o que dificulta a provisão de serviços no interior com o orçamento disponível. Além disso, a região sofre com atividades ilegais e uma economia predatória que gera benefícios concentrados e impede a chegada de investimentos, perpetuando a pobreza. A situação de segurança pública também se agravou, com a presença crescente do crime organizado nos últimos 15 anos.
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