Circula nas redes sociais e, principalmente, nos aplicativos mensagens, um vídeo dublado em português no qual o empresário Elon Musk supostamente dá dicas para Brasil se preparar para um apagão cibernético. Este vídeo é totalmente falso e foi checado pelas agências Lupa e Boatos.org. .
Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
A “tradução” da fala de Elon Musk no vídeo é falsa. Na versão original do registro, publicada no YouTube em 15 de janeiro de 2015, o empresário anunciou planos para construir uma pista de testes do Hyperloop — sistema de transporte de alta velocidade que utiliza cápsulas em tubos de vácuo parcial —, no Texas, nos Estados Unidos. Em nenhum trecho da gravação ele cita o Brasil ou menciona “apagão cibernético”.
No vídeo, Musk agradece aos presentes e discute sobre os planos de construir uma pista de testes para o Hyperloop no Texas, com competições anuais para estudantes. Ele também abordou a dificuldade que a Tesla enfrenta para vender carros diretamente no Texas devido a leis que exigem que os carros sejam encomendados através da Califórnia. Destacou ainda os desafios legislativos e de proteção enfrentados pela Tesla para vender seus veículos diretamente no estado (veja na tradução disponível aqui).
Na data da entrevista, ele, inclusive, publicou um tuíte citando a intenção de criar a pista de teste Hyperloop no Texas. O assunto também foi noticiado na época.
É válido mencionar que não há nenhuma notícia sobre supostas dicas de Musk para os brasileiros lidarem com apagões cibernéticos. Ele também não publicou nenhuma dica do gênero em suas redes sociais. Portanto, não compartilhe o tal vídeo.
Lembre-se, publicar notícias falsas é crime.
Apagão global cibernético
Diversas organizações nacionais e internacionais enfrentaram um apagão cibernético na sexta-feira, 19 de julho, devido a uma atualização em um software da empresa CrowdStrike, usado em computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft. O incidente causou atrasos em aeroportos, afetou aparelhos hospitalares e impactou operações de bancos internacionais. Segundo a empresa, a pane afetou cerca de 8,5 milhões de aparelhos.
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