A recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR) revelou um aumento no valor médio do frete em junho, que passou de R$ 6,20 para R$ 6,31, representando uma alta de 1,77% em comparação a maio. Esse é o maior valor registrado desde janeiro deste ano. Apesar da estabilidade nos preços do diesel, que, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), teve pequenas variações de 0,2% e 0,3% para os tipos comum e S-10, respectivamente, a demanda por frete aumentou.
O diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, atribui esse aumento à recuperação na produção agrícola, principalmente de milho segunda safra, gergelim e arroz, com dados provenientes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, o mercado da construção civil tem mostrado um aquecimento, contribuindo para a demanda por frete.
Quando analisado em uma perspectiva semestral, o IFR indica uma queda de 0,8% no preço do frete, que em janeiro era de R$ 6,36. O menor valor foi registrado em abril, a R$ 6,17. Para o futuro próximo, a expectativa é de estabilidade nos preços, embora Fernandes tenha destacado a recente atualização dos coeficientes dos pisos mínimos de frete, anunciada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deverá impactar o transporte rodoviário de carga em mais de 1%.
Fernandes alertou para a possibilidade de um aumento nos preços do frete, devido ao preço do diesel, que representa cerca de 40% do custo total do frete. O executivo mencionou que “na primeira quinzena de julho, o preço do diesel foi influenciado pela oscilação do dólar e pelo encarecimento do biodiesel”, lembrando ainda que o combustível não teve reajuste de preços pela Petrobras para as distribuidoras desde agosto do ano passado.
O IFR é calculado com base em 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio, geridas pela Edenred Repom, que é uma das líderes no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio no Brasil, atendendo mais de 1 milhão de caminhoneiros.
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