A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 23, a `Operação Máximus´, para apurar crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Judiciário do Estado do Tocantins. A informação foi divulgada pela PF ao Diário Tocantinense.
Policiais Federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Foram, ainda, determinadas medidas cautelares diversas da prisão, como o afastamento de cargo público, o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.
Conforme a PF as investigações apuram suposta negociação para compra e venda de decisões e atos jurisdicionais, bem como condutas que visam lavar o dinheiro oriundo da prática criminosa investigada.
Agentes federais realizaram o cumprimento de mandados no Fórum de Palmas e na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, além de dezenas de endereços em Palmas. Procuradores do Estado e chefes de orgãos públicos também foram alvos da operação são alvos, além de advogados.
Nome da operação
O nome da operação de acordo com a autoridade policial faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.
Confira os nomes que foram cumpridos mandados:
-Wanderlei Barbosa de Castro- Governador do Tocantins
-Etelvina Maria Sampaio Felipe de Miranda- Presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins
-João Rigo Guimarães: Desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins
-Kledson de Moura Lima – Procurador-geral do Estado
-Rodrigo de Meneses dos Santos – Procurador do Estado e juiz titular no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO)
-Rafael Pereira Parente – Superintendente do Procon Tocantins
-José de Moura Filho – Ex-Desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins
-Juliana Bezerra de Melo Pereira Santana (filha do ex-procurador geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault)
-Fabio Bezerra de Melo Pereira (filho do ex-procurador geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault)
-José Humberto Pereira Muniz Filho ? Procurador do Estado (Corregedoria e Ex-Secretário de Estado)
-Escritório A. B. Vinhal Advogados
-Escritório D´ Freire Sociedade Individual de Advocacia
-Escritório Dutra. Meneses, Muniz, Moura & Fregonesi Advogados
-Escritório Marcelo Cordeiro & Advogados Associados
-José Eduardo Sampaio – Ex-promotor de Justiça
-Thiago Sulino de Castro
-T S de Castro Ltda
-T S de Castro e Cia Ltda
-Hanoara Martins de Souza Vaz
-Daniel Almeida Vaz
-Haynner Asevedo da Silva
-Adwardys de Barros Vinhal
-Lucas Antônio Martins de Freitas Lopes
-Lucas Martins – Sociedade Individual de Advocacia
-Haynner Asevedo da Silva – esposa dele trabalha com Joseph Madeira
-Océlio Nobre da Silva-Juiz
-Marcelo Rostirolla-Juiz
Confira os afastados pela justiça do cargo:
Helvécio afastado- Desembargadora do Tribunal de Justiça do Tocantins
Ao Diário Tocantinense o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, informou que não é alvo da ação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira, dia 23. E que as unidades da Justiça Eleitoral, como a sede em Palmas (TO) e todas as 33 zonas eleitorais no Estado, mantêm o atendimento nesta data. Contudo, o presidente João Rigo foi afastado e encontrado armas em sua residência.
Em nota o Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) atendeu a Operação Máximus da Polícia Federal, nesta sexta-feira (23/8), e repassou todas as informações necessárias.
Ressalta-se que, até o momento, não foi oficiado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento de nenhum membro do Judiciário tocantinense.
O PJTO reforça que segue à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários.
Informa-se também que o expediente na Presidência do Tribunal de Justiça, bem como em seu edifício-sede, na Corregedoria-Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura (Esmat), Comarcas do Estado e todas as unidades ligadas ao Poder Judiciário do Tocantins segue normal nesta sexta-feira (23/8).
O Governo do Tocantins e a OAB do Tocantins e demais envolvidos não se manifestaram ainda. O espaço continua aberto.
(Atualizado as 22:54)
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