O suicídio afeta milhões de pessoas no mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas cometem o ato a cada ano .Se precisar, peça ajuda!, é o tema da campanha Setembro Amarelo, da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO)., que visa ações de conscientização para alertar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio.A ideia central é reforçar a necessidade de atenção à temática, que se tornou uma questão de saúde pública e pode afetar pessoas de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
O suicídio afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, incluindo os casos subnotificados.De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da SES-TO, em 2023, ocorreram no Tocantins 159 mortes por suicídio no Estado, visto que de janeiro a julho deste ano, foram registrados 102 casos.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres morrem devido ao suicídio.As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Segundo o médico psiquiatra e coordenador do serviço de psiquiatria do Hospital Geral de Palmas (HGP) Leonardo Baldaçara, “a melhor prevenção para o suicídio é a busca de atendimento por especialista para avaliar se há ou não gravidade, avaliar possíveis causas e se precisa, qual o tratamento necessário “.
Rede de Apoio Gratuita
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito na Rede de Apoio Psicossocial, que é composta pela Unidade Básica de Saúde (UBS) e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).Se estiver precisando ou conhecer alguém que esteja necessitando de ajuda, busque orientação em uma unidade de saúde próxima.
A Secretaria de Estado da Saúde também possui uma Rede de Atenção Psicossocial, que conta com 21 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), nos municípios de Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins, Palmas, Formoso do Araguaia, Gurupi, Taguatinga, Dianópolis, Araguatins, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Sítio Novo, Tocantinópolis, Colinas do Tocantins, Pequizeiro e Araguaína.
Além disso, a SES-TO possui 32 leitos psiquiátricos, sendo 10 no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e 22 no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Canal CVV 188 atende 24h em Goiânia
Durante entrevista ao Diário Tocantinense, a psicóloga Ana Carla Teodoro, explicou que o número crescente de suicídio, se dá por vários fatores, mas principalmente pelo adoecimento mental.
“Os quadros de depressão, transtornos bipolar, síndrome de burnout são os que mais favorecem a incidência ao suicídio. E ao perder o sentido da vida, a sensação de desesperança faz o ser humano não querer lutar. O que faz com que ele retire a própria vida como uma solução, frente ao desespero que enfrenta”, destacou a doutora.
Em Goiânia o lema da campanha Setembro Amarelo é: “falar é a melhor opção”. E o indivíduo que está em sofrimento, pode pedir ajuda 24h pelo canal da CVV 188 ( centro de valorização da vida) .Sendo assim o suicídio precisa ser falado para conscientizar a população que existe métodos de prevenir, que é possível resgatar a esperança, e encontrar sentido da vida.
“A melhor forma de ajudar é oferecer suporte para o paciente buscar um profissional, ou seja, médicos e psicólogos especializados.E oferecer escuta para essas pessoas se sentirem apoiadas. Gosto de uma frase da Psicóloga Karina Okajima Fukumitsu, que estuda prevenção e posvenção ao suicídio no Brasil.Ela diz: ” Se tem vida, tem jeito”. Então acredito que “nós precisamos acolher a vida, e a melhor forma de ir na contramão do suicídio é propagar possibilidades de vida, de ter apoio, de ser ouvido e acolhido na dor de cada indivíduo”, se solidariza Ana Carla.
Nível Nacional
No Brasil, de acordo com estimativas oficiais do DATASUS, foram contabilizadas 195.979 mortes autoprovocadas entre 1996 e 2017.Quando se considera a distribuição por sexo, do total de mortes, 79,02% foram de homens. Isso significa que para cada mulher que se mata, há, em média, quatro indivíduos do sexo oposto que cometem suicídio.[
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, são os Estados com as maiores taxas históricas de suicídios; Enquanto no polo oposto, se encontra os Estados do Pará, Bahia e Maranhão.
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