A pesquisa do Primeira Página (Instituto Vope) que mostrou empate técnico na disputa eleitoral de Araguaína foi ilegal. Em sentença de mérito, a Justiça Eleitoral confirmou o que já havia apontado liminarmente e manteve a suspensão em definitivo da sondagem, registrada sob o número TO-02347/2024. A pesquisa foi divulgada a imprensa.
Na decisão expedida nesta terça-feira, 3 de setembro, o juiz eleitoral Deusamar Alves Bezerra aponta uma série de irregularidades no levantamento, com muitos erros no plano amostral de entrevistados. “ACOLHO o parecer do douto Representante do Ministério Público Eleitoral e, com fundamento no art. 487, I do CPC, JULGO PROCEDENTE a Representação, para declarar irregular a pesquisa eleitoral TO-02347/2024 , verificadas irregularidades, quanto ao percentual por gênero, idade, grau de instrução, nível econômico dos entrevistados, tendo por fonte dados estatísticos do eleitorado, do TSE para julho de 2024 e do Censo 2010 do IBGE, confirmando assim, termos da decisão de antecipação de tutela deferida no despacho inicial, mantenho a suspensão da publicação e divulgação da pesquisa eleitoral. incidirá a multa arbitrada exclusivamente em caso de descumprimento da sentença cuja multa será revertida em favor da União Federal”, detalha o magistrado.
Os resultados da sondagem ilegal do Primeira Página divergem completamente de todas as pesquisas sérias feitas em Araguaína. Em levantamentos bem recentes, o Instituto Gauss apontou vantagem de 44 pontos percentuais do prefeito e candidato à reeleição, Wagner Rodrigues (União Brasil), sobre o deputado estadual Jorge Frederico (republicanos) – 66,71% a 22,71%. Já pesquisa Quest, a mesma que é contratada pela Rede Globo para aferir as intenções de votos das principais cidades do país, mostrou Wagner com 60% e Jorge Frederico com 23%.
O DT abre espaço para que os envolvidos comentem o assunto.
