Lula defende democracia e convivência civilizada entre opostos na política

Poucos veículos de comunicação deram destaque ao pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrado em rede nacional na noite da última sexta, 6, véspera do Dia da Independência, quando ele defendeu a democracia e a convivência "civilizada" entre grupos opostos.

É importante notar que a maioria dos veículos deu notoriedade ao ato promovido pelo ex-presidente Bolsonaro na avenida Paulista no dia da Independência. Vejam que a grande imprensa achou mais importante os usuais xingamentos, desta vez dirigidos ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos das Fake News e do que se refere aos Atos Antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Já o presidente Lula, que no dia 7 participou das comemorações do Dia da Independência, destaca a data como um marco importante para o Brasil e destacou que nenhum país é, de fato, independente sem democracia.

"Amanhã é dia de comemorarmos a independência do Brasil. E é também um bom momento para celebrarmos a democracia. Nenhum país é de fato independente sem o exercício pleno da democracia", afirmou o presidente, em vídeo de pouco mais de 4 minutos.

"A democracia é mais do que votar no dia da eleição. É lutar pela conquista de direitos. O direito de fazer três refeições por dia, morar com dignidade, ter um bom emprego, salário justo, segurança para cuidar da família e conquistar um futuro melhor para nossos filhos", acrescentou.

Respeito

Ao destacar que democracia não é "pacto de silêncio", mas debate de opiniões divergentes na sociedade, o presidente enfatizou que isso deve ser feito em um ambiente de respeito, e condenou a difusão do ódio e deslegitimização da vontade popular.

"Democracia é o diálogo, é a convivência civilizada entre opostos. É o respeito à vontade do povo expressa livremente nas urnas. Não é o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo. Em momentos decisivos da história, a defesa da democracia é capaz de unir adversários de longa data. Foi assim na construção da aliança para garantir a governabilidade do país, após as eleições de 2022", comentou, citando o arco político de alianças criado após a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023.

Inclusão

"A vitória da democracia permitiu que trouxéssemos de volta as políticas de inclusão social que retiraram milhões de pessoas da pobreza. Permitiu que tivéssemos, de novo, uma política externa ativa e altiva, à altura da grandeza do Brasil. Que a saúde e a educação voltassem a ser prioridade. Que a ciência derrotasse o negacionismo. E que o combate a todas as formas de desigualdade voltassem à ordem do dia".

No pronunciamento, Lula exaltou medidas do seu governo, como a retomada de obras por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a geração de emprego e a retirada de 24,5 milhões de pessoas da fome. O presidente ainda destacou a criação de uma Política Nacional de Segurança Pública, em diálogo com os 27 governadores. "Juntos, vamos derrotar o crime organizado".

 

 

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