Palmas e Boa Vista registram as temperaturas mais altas do Brasil e enfrentam alerta de baixa umidade

Palmas, capital do Tocantins, e Boa Vista, capital de Roraima, dividiram o título de cidades mais quentes do Brasil neste sábado (21), com a temperatura máxima de 41,6°C. O dado é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e reflete um dia de extremo calor que afetou grande parte do território brasileiro.

Cidades mais quentes do Brasil

Além de Palmas e Boa Vista, o levantamento do Inmet indica que outras cidades, especialmente da região Centro-Oeste, também enfrentaram temperaturas elevadas. Corumbá (MS) e Água Clara (MS) registraram 41,1°C, enquanto Cuiabá (MT) teve uma máxima de 41°C.

São Miguel do Araguaia (GO) também figurou entre as cidades mais quentes, com 40,8°C, seguido por Carolina (MA) e Nhumirim (MS), que registraram 40,7°C. A lista continua com Três Lagoas (MS), também com 40,7°C, e Cuiabá (MT), com 40,6°C. Lagoa da Confusão (TO), cidade do interior de Tocantins, fechou o ranking com 40,5°C.

 Impactos do calor extremo

Além das altas temperaturas, o estado de Tocantins, onde estão localizadas Palmas e Lagoa da Confusão, segue sob dois alertas de baixa umidade do ar. Segundo o Inmet, a região está sob risco de incêndios florestais e de danos à saúde. A umidade relativa do ar variou entre 20% e 12%, níveis considerados críticos e que podem causar desconforto, irritações nas vias respiratórias e agravamento de doenças preexistentes.

Causas do calor intenso

Especialistas apontam que a onda de calor que atingiu Palmas e Boa Vista pode estar relacionada a uma combinação de fatores climáticos. Entre eles, destacam-se a ausência de chuvas, a presença de uma massa de ar quente e seco e a intensa radiação solar, comum nesta época do ano em várias regiões do Brasil. Essa situação é agravada pela falta de cobertura vegetal em algumas áreas e pela expansão urbana desordenada, que contribuem para o fenômeno das ilhas de calor.

Consequências para a população

Com a previsão de continuidade das altas temperaturas e baixa umidade do ar, os moradores das regiões afetadas devem tomar cuidados extras para minimizar os impactos na saúde. A orientação dos especialistas é aumentar a ingestão de líquidos, evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia e, quando possível, permanecer em locais frescos e arejados.

O risco de incêndios florestais também é uma preocupação. O Corpo de Bombeiros do Tocantins alertou que, com a vegetação seca e as altas temperaturas, o número de focos de incêndio pode aumentar significativamente, colocando em risco áreas de preservação e propriedades rurais. No ano passado, o estado registrou um aumento de 30% no número de queimadas durante o período de seca, o que exigiu uma mobilização intensa das equipes de combate ao fogo.

Comparativo com outras regiões

Embora Palmas e Boa Vista tenham liderado o ranking de calor, outras regiões do Brasil também registraram temperaturas acima da média. No Nordeste, cidades como Teresina (PI) e São Luís (MA) também enfrentaram dias quentes, com máximas próximas dos 40°C. Já no Sudeste, a capital paulista registrou temperaturas mais amenas, com máxima de 28°C, em virtude de uma frente fria que trouxe chuvas e baixou as temperaturas.

A situação é um reflexo das mudanças climáticas globais, que têm intensificado eventos extremos, como ondas de calor, chuvas intensas e longos períodos de seca. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), essas variações são esperadas para as próximas décadas e exigem adaptação das cidades e da população.

Expectativas para os próximos dias

A previsão do Inmet para os próximos dias indica a manutenção das altas temperaturas e da baixa umidade do ar em grande parte das regiões Centro-Oeste e Norte. Em Palmas, a temperatura deve continuar acima dos 40°C, com possibilidade de alívio apenas na próxima semana, quando há previsão de pancadas de chuva isoladas.

Já em Boa Vista, a situação é similar. A capital de Roraima deve registrar temperaturas próximas dos 40°C nos próximos dias, com baixa umidade e tempo seco. A expectativa é que as chuvas retornem apenas em outubro, quando a região entra no período chuvoso.

Fontes consultadas

As informações utilizadas nesta matéria foram obtidas a partir do levantamento de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgados no Portal G1. Para informações adicionais sobre saúde e cuidados com a baixa umidade, foram consultados especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde.

Com a previsão de mais dias de calor intenso, as autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas para proteger a saúde da população e prevenir incêndios florestais, que podem se tornar uma ameaça ainda maior no contexto atual.

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