Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um cenário desafiador enfrentado pelas empresas brasileiras, com uma queda significativa nos lucros e uma redução no recolhimento de impostos. Segundo as tabelas fornecidas pelo IBGE, que abrangem o período de 2000 a 2021, há uma clara tendência de queda nos lucros e na arrecadação tributária por parte das empresas.
Conversamos com o economista Waldecy Rodrigues para entender melhor esse fenômeno e suas implicações, especialmente no contexto do estado do Tocantins. Rodrigues destacou que essa tendência não é exclusiva do Brasil, mas sim observada em diversos países, principalmente devido aos aumentos nos gastos com proteção social durante a pandemia de Covid-19.
“No Brasil, especificamente, durante o período pré-eleitoral, houve um aumento significativo nos gastos com programas sociais, como o Bolsa Família, além de um reajuste do salário mínimo acima da inflação. Tudo isso contribui para a ampliação da participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, para uma redução na participação dos lucros das empresas”, explicou o economista.
Rodrigues ressaltou ainda que, apesar dessa tendência, a participação dos salários no PIB ainda se encontra em um patamar inferior ao registrado em 2015, evidenciando os desafios enfrentados pelo setor empresarial.
Além dos dados nacionais, as tabelas do IBGE também apresentam um panorama da economia mundial ao longo do mesmo período. Destacam-se o crescimento do PIB mundial em 6,275% em 2021, em comparação com os 4,811% registrados em 2000, e a variação no comércio internacional de bens e serviços, que apresentou uma queda de 12,441% em 2000 para 10,617% em 2021. No âmbito nacional, o PIB brasileiro registrou um crescimento de 4,763% em 2021, em comparação com os 4,4% de 2000.
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