Porto Alegre reabre comporta pela 1ª vez após início das enchentes; sabia a situação de abastecimento de água em outros estados

A prefeitura de Porto Alegre reabriu a comporta 3 no Muro da Mauá, no Centro Histórico, após uma redução de 40 cm no volume de água do lago Guaíba. Esta medida visa facilitar o escoamento da água e reativar as bombas 17 e 18.

A operação de remoção do portão contou com suporte da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e do Dmae. Com a queda no nível da água, o DMLU começou a remoção de resíduos, recolhendo 545 toneladas entre segunda-feira e sexta-feira.

Às 15h desta sexta, o nível do Guaíba estava em 4,65 metros, tendo baixado 23 cm em 24 horas. O pico histórico foi de 5,33 metros nos dias 5 e 6 deste mês, enquanto a cota de inundação é 3 metros e a de alerta é 2,5 metros. 

Com a queda no nível da água em algumas partes da cidade, a prefeitura iniciou a remoção do lixo. Entre segunda-feira (13) e sexta, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) recolheu 545 toneladas de resíduos diversos, lodo e entulhos.

Outras regiões do Brasil

As situações nas outras regiões do Brasil, são monitoradas pela Agência nacional de águas e saneamento básico (ANA), utilizando o SIN.

O Sistema Interligado Nacional (SIN) é um amplo sistema hidrotérmico responsável pela produção e distribuição de energia elétrica no Brasil. Operado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o SIN coordena a operação em tempo real dos reservatórios, aplicando diretrizes hidráulicas para gerenciar o armazenamento de água. 

O módulo SIN, com dados de 162 infraestruturas, permite acessar informações como vazão turbinada e volume útil armazenado, utilizando o conceito de reservatório equivalente para representar a soma dos volumes de todos os aproveitamentos do sistema.

Alguns exemplos dos níveis de água nos reservatórios brasileiros são:

Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa: Volume Útil (%) 76,55%;
Usina Hidrelétrica de Barra Grande: Volume Útil 881,88 hm³;
Usina Hidrelétrica de Campos Novos: Volume Útil 1.408,99 hm³;

Níveis de Água dos Reservatórios Brasileiros

A situação dos níveis de água nos reservatórios brasileiros varia conforme a região:

Região Norte

A região Norte, rica em recursos hídricos, geralmente apresenta bons níveis de armazenamento devido à alta pluviosidade. No Pará e Tocantins, os reservatórios costumam manter volumes consideráveis, contribuindo significativamente para a geração de energia hidrelétrica.

Região Nordeste

A região Nordeste frequentemente enfrenta desafios relacionados à seca. Contudo, em períodos de chuvas mais intensas, os reservatórios podem alcançar níveis satisfatórios, embora a variação entre os anos seja alta. A gestão hídrica aqui é crucial para garantir o abastecimento e a geração de energia.

Região Sul

O Sul do Brasil possui uma variação sazonal significativa nos níveis dos reservatórios. Durante o verão, a região tende a ter níveis mais elevados devido às chuvas. Contudo, no inverno, os níveis podem baixar consideravelmente. A gestão eficiente é essencial para equilibrar a geração de energia e outros usos da água.

A gestão integrada e a constante monitoração dos reservatórios do SIN são fundamentais para assegurar a estabilidade do fornecimento de energia elétrica no Brasil, além de atender às diversas necessidades dos usos múltiplos da água, como abastecimento humano, irrigação, e controle de cheias.

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