Na última sexta-feira, às 22h23, e no sábado, às 8h44, horário de Brasília, o Observatório Solar da NASA capturou imagens de duas poderosas tempestades geomagnéticas, eventos que têm causado tanto preocupação quanto admiração ao redor do mundo.
Classificadas como X5.8 e X1.5, essas tempestades representam explosões de intensidade significativa, com o “X” indicando a categoria mais forte e os números subsequentes a magnitude de sua força.
Apesar de raras, especialistas alertaram sobre a possibilidade de novas ocorrências nos próximos dias.
“As recentes tempestades solares resultam do pico do ciclo solar de 11 anos de nosso Sol em 2023, aumentando o risco de explosões solares. Essas explosões podem causar tempestades geomagnéticas, levando a auroras e possíveis problemas tecnológicos”, afirmou o divulgador científico e criador do projeto Mistérios do Espaço, Alexsandro Mota em entrevista ao Diário Tocantinense.
“Esses eventos solares intensos são raros e podem causar, até mesmo, apagões de rádio temporários, mas não costumam representar uma preocupação significativa”, completou Alexsandro.
Estes fenômenos solares são o resultado de explosões na superfície do Sol que liberam enormes quantidades de plasma e campos magnéticos. Quando essas ejeções de massa coronal são direcionadas para a Terra, elas podem causar tempestades geomagnéticas que têm o potencial de afetar diversas tecnologias em nosso planeta.
Os efeitos podem variar desde interrupções em comunicações via satélite até perturbações em redes elétricas, o que pode levar a falhas generalizadas de controle de tensão e até mesmo desativar sistemas de proteção críticos.
Além dos desafios tecnológicos, as tempestades trouxeram consigo um espetáculo de luz natural: auroras boreais e austrais foram observadas nos polos do planeta, com visibilidade se estendendo até o norte da Itália.
Profissionais alertam que, embora nem todas as tempestades solares causem impactos severos, é crucial monitorar esses eventos devido ao potencial de causar danos significativos a infraestruturas críticas. Satélites podem ter sua orientação alterada ou componentes eletrônicos desativados, transmissões de rádio podem ser bloqueadas ou degradadas, e redes elétricas podem sofrer com problemas de tensão.
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