Moradores do Jardim Vitória I e II denunciam abandono pelo transporte público de Palmas

Moradores do Jardim Vitória I e II, localizados na região sul de Palmas, vêm enfrentando graves problemas com o transporte público. A principal reclamação é sobre a ausência constante da linha de ônibus 500, que deveria atender à região, mas não tem circulado com a frequência necessária. A situação tem deixado a população desamparada, incluindo idosos, deficientes e pacientes em tratamento médico, que dependem do transporte público para suas atividades essenciais.

Passageiros relatam que esperam por horas nos pontos de ônibus e terminais, sem qualquer previsão de quando o serviço será restabelecido. “Estamos aqui desde o meio-dia. Tem pessoas neurodivergentes, pessoas em tratamento de quimioterapia, e o ônibus não passa. A sensação é de que os motoristas estão sabotando de propósito as linhas”, afirmou uma moradora, que preferiu não se identificar por medo de represálias, em entrevista ao Diário Tocantinense. 

As reclamações são de que a falta de transporte não só atrasa compromissos importantes, como consultas médicas e tratamentos, mas também causa desgaste emocional nos passageiros. “Parece que eles (os motoristas)  só vão trabalhar quando querem. Já esperamos horas e a justificativa que dão é de que os ônibus estão quebrados. Mas quando é por volta das 15h, milagrosamente aparece um ônibus. A sensação que dá é que estão sabotando, porque há veículos disponíveis, mas parece que não querem fazer a rota”, desabafou outra passageira, visivelmente exausta após horas de espera.

 Linha 500 e a falta de regularidade

A linha 500, que atende os bairros Jardim Vitória I e II, é a única opção de transporte público para muitos moradores da região. No entanto, nos últimos dias, a ausência dos ônibus tem sido recorrente.  Segundo os moradores que entraram em contato com o Diário Tocantinense,fiscais no terminal de Taquaralto explicam que o veículo responsável pela rota está quebrado e em manutenção, mas os moradores questionam a veracidade dessa justificativa, já que, em alguns momentos, o ônibus aparece sem qualquer aviso ou previsão, após longos períodos de espera.

“Eu sei que não é por falta de dinheiro, porque os motoristas estão recebendo. A sensação é de que há algo maior acontecendo, como se estivessem sabotando as rotas. Não é normal ficarmos sem ônibus por tanto tempo e, de repente, ele aparecer só depois de horas de espera”, comentou outra passageira que depende da linha 500 para tratamentos médicos.

Impacto na saúde e na mobilidade

Entre os passageiros mais prejudicados estão pessoas com necessidades específicas, como idosos, deficientes e pacientes em tratamento de saúde, que necessitam do transporte público para consultas e procedimentos médicos. Pacientes em tratamento de quimioterapia, por exemplo, relataram o impacto da falta de transporte no dia a dia.

“Eu faço quimioterapia, estou aqui desde cedo sem comer, e ainda estou esperando. É desumano”, relatou uma paciente que dependia do transporte para retornar de uma consulta. A situação é agravada pela ausência de alternativas viáveis, deixando essas pessoas em condições de vulnerabilidade e expondo-as a longos períodos de espera, muitas vezes sem abrigo adequado.

Pedido de providências

A sensação de abandono é generalizada entre os moradores do Jardim Vitória I e II. Eles pedem providências imediatas da prefeitura e das empresas responsáveis pela operação dos ônibus para que o serviço seja regularizado o quanto antes. Embora a responsabilidade pela falta de transporte seja atribuída principalmente aos operadores da linha, muitos passageiros também mencionam o papel das autoridades em garantir um serviço de qualidade para a população.

A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Palmas, via e-mail, mas até o fechamento da matéria ainda não havia sido respondida. Assim  que a redação receber o posicionamento oficial a pauta será editada. 

No vídeo abaixo, você pode conferir o desabafo dos moradores que estavam no ponto de ônibus.



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