Anunciado oficialmente como o novo presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), o republicano Donald Trump venceu o pleito tanto no Colégio Eleitoral tanto por maioria do voto popular. Trump garantiu a vitória ao conquistar Wisconsin, um estado-pêndulo onde Kamala era apontada como favorita, atingindo assim 277 votos no Colégio Eleitoral – 7 a mais que o necessário para vencer.
Assim como no primeiro mandato, o retorno de Donald Trump à Casa Branca configurará uma política migratória fortemente protecionista, focando em reduzir a imigração ilegal e legal por meio de medidas como restrições de entrada para cidadãos de certos países, ampliação de deportações e cortes em programas de imigração. A construção do muro na fronteira com o México e a aplicação rigorosa de leis migratórias foram marcos dessa abordagem no seu primeiro mandato e, neste segundo, não deverá ser diferente.
“É crucial que os brasileiros busquem a solicitação do visto ou do green card o mais rápido possível. A política de imigração do governo Trump foi marcada por restrições e mudanças constantes, e nesse segundo mandato, a burocracia certamente deverá voltar e demorar em relação à aprovação de vistos e residência permanente”, destaca Robert Santos, advogado do Godke Advogados e especialista em Direito Migratório.
Dessa forma, o brasileiro que visa residir nos Estados Unidos para trabalhar ainda tem chance de agilizar o processo antes da posse do novo presidente, com uma taxa conhecida por premium processing fee. “Trata-se de uma taxa opcional paga para acelerar o processamento de determinados vistos de trabalho nos EUA, como o H-1B, H-2B e L-1. Esse serviço permite que o pedido seja analisado em até 15 dias, em vez de aguardar o tempo padrão, que pode levar meses. Ele é frequentemente usado por empregadores que precisam de uma decisão rápida para garantir a presença de trabalhadores estrangeiros qualificados em tempo hábil”, orienta Marcelo Godke, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Migratório.
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