O transporte público da capital tocantinense continua sendo alvo de críticas dos usuários, que apontam problemas com atrasos, superlotação e condições precárias das estações e veículos. Para avaliar a situação, Álvaro Vallim, repórter do Diário Tocantinense, foi até a estação Apinajé, no centro da cidade, e constatou algumas das dificuldades enfrentadas pelos passageiros.
Vallim chegou à estação por volta das 11h15 da manhã, horário de menor fluxo, e relatou o cenário que encontrou: “Neste horário, o transporte parece fluir com mais tranquilidade, e muitos passageiros afirmaram que o tempo de espera é de cerca de 10 minutos. Entretanto, a situação muda drasticamente nos horários de pico, como no início da manhã, entre 6h e 7h, quando passageiros que vêm de regiões mais distantes enfrentam atrasos significativos.”
Apesar das tentativas, Vallim não conseguiu registrar entrevistas com passageiros, já que muitos estavam uniformizados e optaram por não comentar publicamente. No entanto, ele observou o fluxo constante de passageiros e ouviu de alguns que a espera pelo ônibus chega a ser mais demorada em outros horários do dia.
Prefeituras e operadores falam sobre manutenção e melhorias
Em resposta às reclamações, a Prefeitura de Palmas informou que alguns veículos foram temporariamente retirados de circulação para manutenção, mas garantiu que a situação já foi normalizada com a substituição dos veículos. A administração pública afirmou que está atenta às demandas dos usuários e busca constantemente melhorias para o sistema de transporte público.
Para reforçar o serviço nos dias de grande demanda, como os domingos de provas do Enem, a frota deve receber reforços. Em outubro, no Dia do Servidor Público, a prefeitura também liberou a entrada sem catraca em um período específico, visando facilitar o deslocamento da população.
Problemas estruturais e protestos
Apesar dos ajustes, as queixas sobre o transporte coletivo em Palmas têm sido frequentes. Os passageiros reclamam da infraestrutura das estações e da falta de pontualidade dos veículos, que frequentemente estão lotados. No final de outubro, houve até um protesto em que passageiros bloquearam uma avenida, reivindicando melhorias no serviço.
Felipe Ferreira de Sousa Barbosa, um estudante de 19 anos que utiliza o transporte coletivo diariamente, relatou ao Diário Tocantinense suas dificuldades: “Muitas vezes, o ônibus passa lotado e não conseguimos entrar. Além disso, os atrasos nos deixam inseguros em chegar no horário. Quem depende do transporte público em Palmas precisa lidar com essas incertezas todos os dias.”
A situação no transporte público de Palmas reflete um desafio comum em várias capitais brasileiras, onde a demanda crescente e a infraestrutura limitada colocam o sistema sob pressão.
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