O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicou a autoria do atentado que resultou na morte do tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, em Moscou.Kirillov, de 54 anos, era acusado por Kiev de autorizar o uso de armas químicas contra forças ucranianas.
O ataque ocorreu na entrada de um edifício residencial na capital russa, onde uma bomba foi disfarçada em um patinete elétrico e detonada remotamente, causando a morte de Kirillov e de seu assistente. As autoridades russas detiveram um cidadão uzbeque de 29 anos, que confessou ter sido recrutado pelo SBU para executar o atentado em troca de US$ 100 mil e a promessa de realocação em um país da União Europeia.Em resposta, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev condenou o ato como terrorismo e prometeu retaliação.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou os Estados Unidos de facilitarem o atentado e anunciou que o caso será levado ao Conselho de Segurança da ONU.O clima de tensão entre Rússia e Ucrânia intensificou-se, com Moscou prometendo vingança pelo assassinato de um de seus principais oficiais militares.
O Itamaraty, até o momento, não emitiu uma nota oficial sobre o incidente específico. Anteriormente, o Brasil havia apelado pela suspensão imediata das hostilidades no conflito entre Rússia e Ucrânia.O Papa Francisco, que tem se manifestado regularmente sobre a guerra na Ucrânia, recentemente apelou pelo fim da “loucura da guerra” e expressou solidariedade ao povo ucraniano.
No entanto, não houve uma declaração específica do Vaticano sobre o atentado em Moscou.O incidente ressalta a escalada das operações de inteligência e contrainteligência entre os dois países, aumentando as preocupações sobre a segurança de altos funcionários e o potencial de retaliações que possam agravar ainda mais o conflito em curso.
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