A Cesta Básica em Palmas fechou 2024 com um custo de R$ 689,65, marcando uma inflação acumulada de 4,04% no ano. Até novembro, o índice acumulado era negativo, mas uma alta de 5,17% em dezembro reverteu o cenário, conforme dados do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE). O diretor-geral do núcleo e coordenador da pesquisa, professor Dr. Autenir Carvalho de Rezende, explicou que a elevação no último mês do ano acompanha um padrão sazonal de aumento na demanda por alimentos específicos durante o período festivo.
Segundo o economista, o comportamento registrado em dezembro já era esperado. “Esse encarecimento é comum no último mês do ano. Em 2024, fatores como a redução do desemprego, aumento da renda e crescimento da demanda, aliados à oferta interna limitada por choques de produção e exportação de itens essenciais, como a carne, explicam o aumento dos preços”, afirmou Rezende. Apesar do impacto significativo de dezembro, o índice de inflação foi menor do que o registrado no mesmo mês de 2023, quando a alta chegou a 8%.
Produtos que mais influenciaram os preços
No último mês do ano, o tomate foi o principal vilão da inflação, com um aumento expressivo de 45,7%. Outros produtos que contribuíram para a alta foram óleo de soja (8,1%), café (4,5%) e carne (1,8%). Já no acumulado de 2024, o café liderou os aumentos, com uma alta de 48,2%, seguido pelo leite integral (26,2%), óleo de soja (22,1%) e carne (21%).
Por outro lado, alguns produtos registraram quedas significativas ao longo do ano. Entre eles, destaca-se o tomate, que, apesar do aumento em dezembro, apresentou uma redução acumulada de 15% no ano. Outros itens com retração nos preços foram farinha de mandioca, feijão, margarina e banana.
Impacto no orçamento familiar
A pesquisa do NAEPE também estimou o valor do salário mínimo necessário para cobrir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas em Palmas, considerando itens como alimentação, transporte, saúde e educação: R$ 5.793,76. Em dezembro, a Cesta Básica consumiu 53,1% do salário mínimo líquido e exigiu 116 horas e 48 minutos de trabalho de quem recebia essa renda.
Acesso aos resultados
Os dados completos dessa e de outras pesquisas do NAEPE estão disponíveis no site oficial (naepepesquisas.com) e nas redes sociais do núcleo (@naepe.pesquisas). O NAEPE conta com o apoio do Ministério Público do Tocantins (MP-TO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO).
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