Em 2024, o setor de energia eólica no Brasil registrou uma desaceleração significativa, com a instalação de 76 novos parques totalizando 3,3 gigawatts (GW), uma redução em comparação aos 123 parques e 4,8 GW adicionados em 2023.
Especialistas atribuem essa queda a fatores como excesso de oferta e custos elevados, prevendo uma retomada do crescimento a partir de 2027, impulsionada por uma demanda energética mais robusta e novos setores consumidores, como centros de dados e produção de hidrogênio verde.
Em contraste, a energia solar fotovoltaica apresentou um desempenho notável em 2024, estabelecendo um recorde de 14,4 GW de capacidade instalada, resultado de investimentos que totalizaram R$ 54,9 bilhões, representando um aumento de 30% em relação a 2023.
Essa expansão reflete a crescente adoção de sistemas solares tanto em grandes usinas quanto em instalações residenciais e comerciais.
Comparação de Custos: Energia Solar vs. Energia Eólica
De acordo com o relatório “Custos de Geração de Energias Renováveis em 2020” da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a energia eólica terrestre reduziu seu custo em 13%, enquanto a solar fotovoltaica teve uma redução de 7%.
No contexto brasileiro, um relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que os custos das fontes renováveis no país são significativamente inferiores à média mundial, com valores máximos brasileiros abaixo dos mínimos globais.
Impacto no Consumidor Brasileiro
A expansão das energias renováveis no Brasil tem potencial para influenciar positivamente as tarifas de energia elétrica. A diversificação da matriz energética com fontes de menor custo de geração pode contribuir para a modicidade tarifária. No entanto, fatores como investimentos em infraestrutura de transmissão e políticas públicas também desempenham papéis cruciais na determinação dos preços finais ao consumidor.
Perspectivas Futuras
A recente sanção da lei que autoriza a construção de parques eólicos offshore pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre novas oportunidades para o setor eólico brasileiro, visando fortalecer a segurança energética e atrair investimentos.
Especialistas acreditam que, com a regulamentação adequada e incentivos apropriados, o Brasil pode explorar seu vasto potencial eólico offshore, complementando as capacidades onshore existentes e contribuindo para a retomada do crescimento do setor prevista para 2027.
Em resumo, enquanto a energia eólica enfrenta desafios temporários, a energia solar continua a expandir-se rapidamente no Brasil. Ambas as fontes renováveis desempenham papéis essenciais na transição energética do país, com impactos potenciais nas tarifas de energia e benefícios ambientais significativos.
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