As recentes chuvas intensas que atingiram diversas regiões do Brasil, incluindo Minas Gerais (MG), Bahia (BA), Santa Catarina (SC), Goiás (GO) e Tocantins (TO), têm causado impactos significativos, desde perdas humanas até danos materiais expressivos.
Minas Gerais (MG):
Em Minas Gerais, o número de mortes devido às chuvas dobrou em apenas uma semana, totalizando 24 óbitos até o dia 13 de janeiro de 2025. Somente no dia 12 de janeiro, 11 pessoas perderam a vida durante temporais em Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce. Além disso, 56 municípios mineiros declararam situação de emergência ou calamidade pública devido aos estragos causados pelas precipitações intensas.
Bahia (BA):
No sul da Bahia, eventos extremos de chuva têm sido registrados nos últimos anos. Em dezembro de 2021, por exemplo, algumas regiões apresentaram precipitações mensais entre 250% e 430% acima da média, resultando em inundações severas que afetaram cerca de 500 mil pessoas e causaram o colapso de duas barragens.
Santa Catarina também enfrentou desafios significativos devido às chuvas. Em outubro de 2023, o estado registrou 131 municípios com ocorrências relacionadas às fortes precipitações, sendo que 60 decretaram situação de emergência. Foram confirmadas duas mortes em decorrência das cheias, uma em Rio do Oeste e outra em Palmeira.
Goiás (GO) e Tocantins (TO):
Embora os estados de Goiás e Tocantins não tenham sido mencionados especificamente nos relatórios recentes, é fundamental que as autoridades locais mantenham-se vigilantes e adotem medidas preventivas para minimizar possíveis impactos das chuvas intensas.
Análise dos Especialistas:
Especialistas apontam que as mudanças climáticas têm intensificado a frequência e a severidade de eventos extremos, como as chuvas torrenciais observadas. O professor Paulo Artaxo destaca que “a chuva é uma das questões das mudanças climáticas que mais tem impactos socioeconômicos”, afetando diretamente setores como a produção agrícola brasileira.
Para mitigar os danos causados por esses eventos, Marcus Cruz, mestre e especialista em recursos hídricos, sugere a implementação de um banco de dados robusto que possa gerar ações preventivas eficazes. Ele afirma que “mudanças climáticas são responsáveis por chuvas cada vez mais frequentes e volumosas”, ressaltando a importância de medidas proativas para evitar tragédias.
Diante desse cenário, é imperativo que governos e comunidades trabalhem juntos na adoção de estratégias de adaptação e mitigação, visando reduzir a vulnerabilidade das populações e aumentar a resiliência frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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