A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, situada na BR-226, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, desabou em 22 de dezembro de 2024, resultando em 14 mortes confirmadas e três pessoas ainda desaparecidas. A estrutura, inaugurada na década de 1960, apresentava sinais de deterioração, e o colapso do vão central fez com que diversos veículos caíssem no Rio Tocantins.
Implosão da Estrutura Remanescente
Em 2 de fevereiro de 2025, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizou a implosão das partes remanescentes da ponte. A operação utilizou aproximadamente 250 kg de explosivos, distribuídos em 60 pontos estratégicos, garantindo a segurança da ação. Moradores próximos foram evacuados temporariamente, e o tráfego fluvial no Rio Tocantins foi suspenso durante o procedimento.
Impactos Econômicos e Logísticos
O desabamento da ponte causou um impacto significativo na infraestrutura de transporte entre o Maranhão e o Tocantins, afetando severamente a economia local. A BR-226 é uma rota crucial para o escoamento de produtos agrícolas, especialmente soja e milho, provenientes de estados como Mato Grosso, Pará e Piauí. A interrupção dessa via elevou os custos logísticos e aumentou o tempo de transporte, prejudicando produtores e comerciantes da região.
Esforços de Busca e Recursos Federais
Até o momento, das 17 pessoas inicialmente desaparecidas, 14 foram encontradas sem vida, e três continuam desaparecidas. As buscas prosseguem com o uso de embarcações e drones, embora as atividades de mergulho tenham sido suspensas devido ao aumento do volume de água causado pela abertura das comportas da usina hidrelétrica de Estreito. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou o repasse de mais de R$ 790 mil para Estreito (MA) e quase R$ 400 mil para Aguiarnópolis (TO), destinados a ações de Defesa Civil para mitigar a crise nas duas cidades.
Análise de Especialistas
Especialistas em infraestrutura apontam que a idade avançada da ponte, aliada à falta de manutenção adequada, contribuiu para o colapso. Relatórios anteriores já indicavam a necessidade de reparos estruturais, mas intervenções significativas não foram realizadas a tempo. A tragédia ressalta a importância de investimentos contínuos na manutenção de infraestruturas críticas para evitar desastres futuros.
Próximos Passos
Com a remoção completa da estrutura antiga, o DNIT planeja iniciar a construção de uma nova ponte no local. Enquanto isso, rotas alternativas e serviços de balsas estão sendo utilizados para garantir a travessia do Rio Tocantins, minimizando os transtornos para a população e o fluxo de mercadorias na região.
Para uma análise detalhada das possíveis causas do desabamento, assista ao vídeo abaixo:
Causas do DESABAMENTO da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira
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