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Preço da alface e hortaliças dispara e preocupa consumidores de Palmas

O preço da alface e de outras hortaliças disparou nas últimas semanas, surpreendendo consumidores e pressionando o orçamento familiar. De acordo com o Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortigranjeiro (Prohort), a alface atingiu o patamar de R$ 36,00 o maço em algumas cidades, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado. Outros vegetais, como brócolis, couve, alho e cenoura, também registraram altas expressivas.

O impacto desses reajustes já é sentido nas feiras e supermercados. Em Palmas (TO), os consumidores relatam dificuldades para manter a alimentação saudável sem comprometer o orçamento.

A empregada doméstica Rosângela Lima, de 39 anos, conta que precisou mudar os hábitos de consumo:

“Antes eu comprava alface toda semana, mas agora levo repolho ou escarola, que estão mais baratos. Até tomate e cenoura subiram muito, então estou tendo que economizar em tudo.”

O mesmo acontece com o aposentado Francisco Alves, de 71 anos, que sempre gostou de incluir verduras e legumes na dieta, mas diz que os preços estão impraticáveis:

“Já vi a alface cara, mas nunca nesse nível. Também vi o brócolis a quase R$ 25,00 o quilo. Com esse preço, é impossível consumir como antes. A gente se vira com o que dá.”

Hortaliças mais caras: além da alface, outros vegetais subiram

A alta nos preços das hortaliças não se restringe à alface. Veja alguns exemplos das maiores variações identificadas no levantamento do Prohort:

  • Alface: de R$ 4,16 para até R$ 36,00 (variação de 765%)
  • Brócolis: de R$ 3,14 para R$ 25,00 (variação de 696%)
  • Couve-flor: de R$ 2,20 para R$ 26,00 (variação de 1081%)
  • Alho: de R$ 3,20 para R$ 29,64 (variação de 826%)
  • Mandioquinha: de R$ 1,40 para R$ 30,00 (variação de 2042%)

O aumento expressivo reflete uma combinação de fatores, desde problemas climáticos até a alta nos custos de produção e transporte.

Por que os preços das hortaliças estão subindo?

Segundo o economista Eduardo Ferreira, professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o aumento nos preços das hortaliças se deve principalmente a fatores climáticos e ao impacto da inflação sobre a cadeia produtiva:

“Estamos enfrentando um verão extremamente quente e seco, que prejudicou a produção de verduras em diversas regiões. Além disso, os custos com fertilizantes e insumos subiram devido ao câmbio e à alta do combustível, encarecendo toda a cadeia de distribuição.”

O economista Ricardo Almeida, da Fundação Getulio Vargas (FGV), destaca que a alta nos hortifrúti também reflete um problema maior na economia brasileira:

“O aumento do custo de vida tem pressionado o orçamento familiar, e os alimentos frescos acabam sendo um dos mais afetados. Além disso, a alta nos preços da energia elétrica impacta a produção agrícola e a refrigeração desses produtos nos supermercados.”

Como economizar e manter uma alimentação saudável?

Diante do cenário de preços elevados, especialistas recomendam algumas estratégias para economizar e manter uma alimentação equilibrada:

Substituir hortaliças caras por opções mais acessíveis

  • Em vez de alface, experimente repolho, acelga ou chicória
  • O brócolis pode ser trocado por espinafre ou couve
  • No lugar de cenoura, experimente abóbora ou beterraba

Comprar diretamente de feirantes e produtores locais

  • Hortaliças frescas costumam ser mais baratas em feiras livres do que nos supermercados
  • Algumas cidades possuem programas de compra direta da agricultura familiar

Cultivar hortaliças em casa

  • Quem tem espaço pode plantar alface, salsinha, cebolinha e rúcula em pequenos vasos
  • Hortas caseiras reduzem custos e garantem produtos frescos sem agrotóxicos

Aproveitar alimentos integralmente

  • Talos de couve e brócolis podem ser usados em sopas e refogados
  • Casca de batata e cenoura contém fibras e pode ser usada em chips assados

Enquanto os consumidores buscam alternativas para driblar os preços altos, o mercado espera uma normalização nos valores ao longo dos próximos meses, à medida que novas safras chegam ao mercado e a oferta aumenta. Até lá, o desafio é manter a alimentação saudável sem estourar o orçamento.

Leia também:

Mercado eleva projeções de inflação para 2025 e 2026

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