Travessia gratuita por barco, fiscalização agropecuária e reestruturação de rodovias estão entre as ações para reduzir os impactos da tragédia
O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek (JK), que fazia a ligação entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) pela BR-226, desencadeou uma série de ações emergenciais por parte do Governo do Tocantins. A ponte, sob responsabilidade federal via DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), era um elo estratégico para a mobilidade e logística da região Norte do estado e do sul maranhense.
Diante do colapso estrutural, o governador Wanderlei Barbosa foi enfático ao cobrar providências da União:
“O Governo do Estado tem feito sua parte, com ações emergenciais para garantir a trafegabilidade e a segurança das pessoas, mas precisamos de uma atuação mais firme do Governo Federal, que é o responsável direto pela ponte. Não podemos arcar sozinhos com os impactos dessa crise.”
Ações emergenciais nas rodovias estaduais
A foco no cumprimento das normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Travessia por barco e reforço na fiscalização agropecuária
Como medida paliativa, o governo estadual garantiu travessia gratuita por barcos no Rio Tocantins para pedestres e pequenos veículos. A operação, coordenada com apoio da Defesa Civil e órgãos de segurança, busca manter a mobilidade mínima da população local enquanto a ponte não é reconstruída.
A Adapec (Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins) também intensificou a fiscalização de cargas agropecuárias, especialmente o transporte de animais e vegetais. O objetivo é evitar a disseminação de pragas e doenças, diante do aumento da circulação interestadual.
Resposta do DNIT: reconstrução é prioridade, afirma órgão
Após as cobranças públicas, o vice-presidente da Ageto e representante regional do DNIT, Ruberval França, afirmou que a reconstrução da ponte é prioridade imediata:
“Estamos trabalhando para reconstruir a ponte o mais rápido possível. O DNIT finaliza os projetos e garantirá uma nova estrutura moderna e segura para a região.”
Ainda não há, contudo, prazo oficial para início das obras.
Impactos logísticos e econômicos na região
A queda da Ponte JK teve efeitos logísticos drásticos. Em Aguiarnópolis, epicentro da crise, o fluxo de veículos e passageiros caiu abruptamente, afetando o comércio, o turismo local e o transporte de cargas.
Já nos municípios vizinhos, a realidade é oposta: o aumento no volume de veículos vem sobrecarregando a infraestrutura, gerando prejuízos operacionais para empresas e transtornos para a população. A Ageto intensificou as ações de operação tapa-buracos e recapeamento emergencial nos trechos mais críticos.
Período chuvoso agrava urgência da situação
Com a aproximação do período chuvoso, as preocupações aumentam. O solo encharcado potencializa o risco de deslizamentos e dificulta o tráfego nas rotas alternativas. O governador Wanderlei Barbosa reforçou que o apoio federal é essencial:
“Sem o envolvimento direto do Governo Federal, enfrentaremos uma crise ainda maior na logística e na segurança da população do norte tocantinense.”
- Situação das rodovias estaduais no Tocantins
- DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
- Código de Trânsito Brasileiro – CTB
- Investimentos da Ageto em infraestrutura viária
- Ações do Governo do Tocantins no Bico do Papagaio
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