Documento já conta com mais de 240 assinaturas e expõe crise interna na gestão da segurança pública no Estado
Um abaixo-assinado organizado por policiais Penais do Tocantins está repercutindo nos bastidores da administração estadual e nas corporações ligadas à segurança pública. O documento, publicado na plataforma Petição Pública, solicita a exoneração imediata do Secretário e do Secretário Executivo da Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins. Em menos de 24 horas, a petição já reúne mais de 240 assinaturas de agentes da área, evidenciando um cenário de crescente insatisfação dentro da pasta.
A mobilização, segundo os organizadores, foi motivada por falhas na condução da gestão, ausência de diálogo institucional com os servidores e decisões administrativas que estariam afetando negativamente o funcionamento das unidades de segurança pública. Entre os pontos mais criticados estão a falta de valorização profissional, cortes em recursos operacionais e a desestruturação de projetos voltados à cidadania e ao sistema penitenciário.
Segundo informações obtidas pelo Diário Tocantinense, o movimento tem se expandido para além da Polícia Penal, ganhando a adesão de servidores de outras áreas da segurança, como agentes penitenciários e técnicos administrativos. A iniciativa tem sido amplamente compartilhada em grupos internos e redes sociais corporativas, com o objetivo de pressionar o Governo do Estado a tomar providências imediatas.
“A permanência desses gestores à frente da Secretaria fragiliza o ambiente institucional e compromete a execução de políticas públicas essenciais. O clima nas unidades é de desmotivação e insegurança”, destaca um dos organizadores, que preferiu não se identificar.
A Secretaria de Cidadania e Justiça, comandada atualmente por nomes indicados na gestão estadual, tem sob sua responsabilidade a administração penitenciária, a execução de políticas de cidadania e os programas de reintegração social. Nos bastidores, a movimentação dos servidores é vista como um alerta vermelho para a cúpula do Palácio Araguaia, podendo gerar desdobramentos administrativos e até políticos nos próximos dias.
O Diário Tocantinense entrou em contato com a Secretaria de Cidadania e Justiça solicitando um posicionamento oficial sobre o abaixo-assinado, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta por parte da pasta nem do Governo do Tocantins. Os nomes dos gestores mencionados na petição também não se manifestaram publicamente.
Com o aumento das assinaturas e o engajamento digital da categoria, a tendência é que a pressão institucional cresça. A categoria avalia inclusive a possibilidade de promover atos presenciais e de buscar apoio junto à Assembleia Legislativa do Estado e à Defensoria Pública.
Enquanto isso, o silêncio do Executivo estadual sobre o pedido de exoneração reforça o clima de incerteza entre os servidores, que exigem mudanças imediatas na condução da Secretaria como forma de restaurar a confiança institucional e garantir eficiência na política de segurança pública.
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