O governo brasileiro voltou a exigir visto de entrada para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália a partir de 10 de abril de 2025. A medida, baseada no princípio da reciprocidade, foi implementada porque esses países mantêm a exigência de visto para brasileiros.
A decisão foi inicialmente tomada em maio de 2023, mas sua implementação foi adiada para permitir a operacionalização completa do sistema de visto eletrônico (e-Visa). O e-Visa pode ser solicitado online no site , com taxa de US$ 80,90 (aproximadamente R$ 479). A permanência máxima permitida para visitantes desses países no Brasil é de 90 dias.
Em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos Estados Unidos, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália, conforme dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
O governo brasileiro continua negociando acordos de isenção de vistos em bases recíprocas com os países mencionados.Em publicação em uma rede social, o ministro do Turismo, Celso Sabino, reforçou o posicionamento do governo brasileiro: “Seguimos em tratativas para que os Estados Unidos isentem os brasileiros da exigência do visto, permitindo a reciprocidade para os norte-americanos que visitam o Brasil”.
No entanto, um projeto de lei aprovado pelo Senado em março de 2025 propõe suspender a exigência de vistos para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. O texto aguarda apreciação na Câmara dos Deputados e ainda não tem previsão de votação.
Vale destacar que, apesar de constar no projeto do Senado, o Japão não está mais na lista dos países que exigem visto dos cidadãos brasileiros. Em agosto de 2023, os governos do Brasil e do Japão chegaram a um entendimento para a isenção recíproca de vistos de visita para portadores de passaporte comum que viajem por período de até 90 dias. A isenção entrou em vigor em setembro de 2023 e tem validade de três anos.
A retomada da exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália reflete a política brasileira de reciprocidade em relação às exigências de entrada impostas por outros países. O governo busca equilibrar a facilitação do turismo com a necessidade de tratamento equitativo para os cidadãos brasileiros no exterior.
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