Um professor de canto foi preso preventivamente nesta semana em Porto Nacional, no Tocantins, acusado de oferecer a suas alunas um “chá terapêutico” que continha seu próprio sêmen. A justificativa apresentada por ele, segundo a Polícia Civil, era de que o líquido ajudaria a melhorar a performance vocal das estudantes.
A prisão ocorreu após denúncias feitas por alunas que desconfiaram da composição da bebida oferecida durante as aulas. O docente está detido na Unidade Penal de Porto Nacional e, conforme informado pelas autoridades, permanece à disposição da Justiça enquanto o caso segue em apuração.
Reações da comunidade acadêmica e das redes sociais
A denúncia provocou forte repercussão na Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde o professor atuava. Estudantes, docentes e técnicos da instituição expressaram indignação nas redes sociais e organizaram manifestações presenciais em repúdio à conduta do docente. As críticas se concentraram tanto na gravidade da denúncia quanto na necessidade de maior agilidade institucional no combate ao assédio em ambientes universitários.
De acordo com informações preliminares, o professor afirmou estar colaborando com as investigações. A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins confirmou que o servidor foi imediatamente afastado de suas funções acadêmicas e que medidas administrativas estão sendo tomadas.
Investigação segue em curso e pode ter novos desdobramentos
Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública não divulgou nota oficial sobre o caso. A investigação é conduzida pela Polícia Civil, que já ouviu depoimentos de várias testemunhas e encaminhou à perícia o conteúdo do “chá”, além de dispositivos eletrônicos apreendidos na residência e no local de trabalho do professor.
A polícia também apura a existência de possíveis outras vítimas e se o comportamento denunciado já havia ocorrido em outras ocasiões. Não se descarta a possibilidade de novos indiciamentos com base no avanço das perícias técnicas e dos relatos colhidos.
Especialistas apontam falha ética grave e impacto psicológico duradouro
A denúncia tem sido classificada por especialistas como uma violação ética profunda, que compromete diretamente o ambiente de confiança entre professor e aluno.
“Ato como esse compromete o ambiente educacional e causa traumas profundos nas vítimas”, afirmou a psicóloga Maria Silva, especialista em acolhimento psicológico em casos de assédio institucional.
O advogado criminalista João Pereira, por sua vez, reforça a importância de sanções firmes: “A responsabilização criminal é fundamental para coibir práticas abusivas no meio acadêmico. O ambiente universitário precisa ser seguro para todos.”
Mobilização e apelo por justiça e transparência
O caso, ainda sob investigação, já provocou uma onda de mobilização e cobrança por respostas institucionais. A UFT deve anunciar nas próximas horas um pacote de medidas disciplinares e de apoio psicológico às vítimas.
Entidades estudantis e coletivos feministas do Tocantins convocaram para esta semana novos atos pedindo celeridade nas investigações e reforço nos protocolos de prevenção a abusos no ambiente universitário.
A reportagem do Diário Tocantinense acompanha os desdobramentos do caso e atualiza este conteúdo conforme novas informações forem confirmadas pelas autoridades.
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