“Fala, pessoal! Eu sou Bruno Cardoso, sou artista, apresentador, palhaço e, o principal: sou apaixonado por gente.”
É com esse tom afetuoso e direto que Bruno Cardoso se apresenta aos leitores do Diário Tocantinense. Em tempos de ruído e dispersão, ele é da escola dos que ainda acreditam que comunicar é tocar. E que entre o riso e a lágrima, há sempre espaço para conexão verdadeira.
“Acredito que o mundo, sim, pode ser mais leve quando a gente comunica com verdade, com alegria e fazendo aquilo que a gente ama”, declara. E não é discurso pronto: é vida vivida.
Da lona ao estúdio: a formação de um artista múltiplo
Bruno cresceu entre bastidores, aplausos e bastões de maquiagem. Desde muito novo, foi atravessado pela estética circense e pelo afeto que o ofício do palhaço exige — não como caricatura, mas como mensageiro da empatia.
“Ser palhaço não é só provocar riso, é ser espelho das emoções humanas mais sinceras. Quando você sobe ao palco para olhar nos olhos das pessoas, está dizendo: ‘eu estou aqui com você’”, explica.
A figura do palhaço, para ele, não é mero personagem. É linguagem. E Bruno levou essa linguagem para outras plataformas: da rua à televisão, dos espetáculos teatrais aos eventos públicos, sempre com o mesmo compromisso: emocionar.
A televisão e o desafio da popularidade
Se o circo o ensinou a lidar com as emoções sem filtros, a TV trouxe a ele o desafio de alcançar milhares — ao vivo, sem margem para erros. Com passagens por emissoras regionais e nacionais, Bruno consolidou-se como apresentador carismático, daqueles que entram na casa das famílias com a leveza de um velho conhecido.
“Eu sou movido por encontros. O que me mantém firme é saber que, do outro lado da tela, tem alguém que vai sorrir comigo, ou até chorar junto. E quando essa emoção acontece, quando você recebe esse retorno do público, é como se fosse combustível. Uma gasolina boa que nos faz continuar fazendo o que a gente ama.”
Bruno diz que não se preocupa em agradar a todos, mas em ser verdadeiro. “Não dá pra sustentar uma máscara por muito tempo. E o público percebe quando há sinceridade. Por isso, nunca separei o Bruno artista do Bruno pessoa. Eles são a mesma coisa.”
Realities, conflitos e amadurecimento
Sua participação no reality show A Grande Conquista foi um divisor de águas. “Foi, ao mesmo tempo, uma das melhores e uma das piores experiências da minha vida”, afirma, sem rodeios.
No confinamento, viveu conflitos internos e externos. “Ali, você é colocado à prova o tempo todo. E começa a conhecer partes de você mesmo que nem sabia que existiam. Foi um processo doloroso, mas também transformador.”
Apesar da intensidade, ele não se arrepende. “Conheci pessoas incríveis, ganhei visibilidade e, principalmente, me conheci. Quando saí, percebi que havia crescido como homem e como artista.”
O retorno à televisão e o reencontro com seu público
Hoje, Bruno vive um novo momento profissional. Comemorando seu retorno à Rede Mais Família, emissora que considera sua casa, ele celebra estar mais próximo das famílias brasileiras, especialmente no período da tarde — um horário que ele define como “acolhedor”.
“É muito bom poder entregar um trabalho feito com amor e ser reconhecido por isso. Estar de volta é uma alegria imensa. Eu sou muito grato por essa oportunidade.”
No ar, ele mescla entretenimento e emoção, apostando no cotidiano como fonte de inspiração. “A vida real é o melhor roteiro. As histórias que a gente compartilha ali no programa são reflexo da beleza e da dor do mundo. E dar espaço para isso é o que me motiva.”
O futuro: sonhos, arte e missão
Mesmo com trajetória consolidada, Bruno acredita que ainda há muito a fazer. “Eu quero conhecer novas pessoas, aprender mais, ensinar mais, me dedicar mais à arte. Ainda tenho muitos sonhos. E como todo mundo, também quero melhorar a vida da minha família e das pessoas que amo.”
A arte, para ele, é ferramenta de transformação: “Eu acredito que, com sensibilidade, humor e verdade, a gente pode mudar o dia de alguém. E isso já é mudar o mundo um pouquinho também.”
E é assim, entre a gargalhada e a escuta sincera, que Bruno Cardoso segue. Palhaço, apresentador, artista. Mas, antes de tudo, apaixonado por gente.
Confira abaixo a entrevista:
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