Ministério Público do Tocantins acusa Alailson Sousa Lima por homicídio qualificado contra Kaique Barros de Abreu; crime foi motivado por discussão no trânsito
Araguaína (TO) – O Ministério Público do Tocantins (MPTO) apresentou à Justiça, na última quinta-feira (15), denúncia formal contra Alailson Sousa Lima, acusado de assassinar Kaique Barros de Abreu em um pátio de oficinas no Setor Nova Araguaína, em março deste ano. A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas faleceu no dia 5 de abril, após permanecer 29 dias internada.
A denúncia foi oferecida pela 4ª Promotoria de Justiça de Araguaína, que atribui ao acusado a prática de homicídio doloso qualificado, com três agravantes: motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito. De acordo com o MPTO, Alailson utilizou uma pistola 9 mm irregular e sem registro, considerada de uso exclusivo das Forças Armadas e polícias.
Além da condenação criminal, o Ministério Público requer a indenização mínima de R$ 10 mil à família da vítima, a título de reparação pelos danos causados.
Entenda o caso
O crime ocorreu no início da tarde de 7 de março de 2025, após um desentendimento entre os dois homens, motivado por uma suposta manobra de trânsito. Segundo a denúncia, Kaique teria “fechado” com um caminhão o veículo conduzido por Alailson, o que teria dado início à discussão.
Após o desentendimento, Alailson deixou sua esposa e filhos em casa, retornou ao local da briga armado e surpreendeu Kaique no pátio das oficinas, por volta das 13h20. O acusado efetuou diversos disparos contra a vítima, que, segundo o MP, não teve qualquer chance de defesa.
Câmeras de segurança do local registraram toda a ação criminosa. Após os disparos, o acusado fugiu. Kaique foi socorrido com vida e encaminhado a um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
Processo pode seguir para Tribunal do Júri
Com a denúncia apresentada, o próximo passo será a análise da Justiça sobre o recebimento da acusação. Caso seja aceita, Alailson Sousa Lima passará à condição de réu e poderá ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, devido à natureza do crime: homicídio doloso com qualificadoras.
A defesa do acusado ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
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