O cantor pernambucano João Gomes foi responsável pelo encerramento da Virada Cultural de São Paulo 2025, em apresentação no palco principal do Vale do Anhangabaú, na noite de domingo (25). Apesar de um atraso de cerca de 40 minutos, causado por problemas técnicos, o artista entregou um show vibrante que reuniu milhares de pessoas no centro da capital paulista.
João levou ao palco sucessos como “Meu Pedaço de Pecado”, “Dengo” e uma sequência de clássicos da música brasileira, incluindo homenagens a Jorge Ben Jor e Tim Maia, demonstrando versatilidade e conexão direta com o público.
Valor de cachê reforça protagonismo
De acordo com dados do Diário Oficial do Município de São Paulo, o cachê pago a João Gomes foi de R$ 750 mil por duas apresentações na Virada Cultural, valor que o posiciona como o artista mais bem pago do evento em 2025.
O valor supera os recebidos por outros nomes de destaque da programação, como Luísa Sonza (R$ 600 mil por dois shows) e Léo Santana (R$ 550 mil por uma apresentação), segundo levantamento divulgado pela imprensa, incluindo portais como UOL e Valor Econômico.
A cifra reflete não apenas a popularidade atual do cantor, mas também a estratégia da Prefeitura de São Paulo de apostar em nomes com grande apelo nacional para atrair público e dar visibilidade ao evento, que completou 20 anos de história.
Público recorde e diversidade cultural
A edição 2025 da Virada Cultural reuniu mais de 5 milhões de pessoas ao longo dos dois dias de programação, distribuída em mais de mil atrações espalhadas por diversas regiões da cidade.
Com uma proposta de democratizar o acesso à cultura, o evento contou com shows, performances, peças de teatro, intervenções artísticas, dança, cinema e rodas de conversa.
Apesar de alguns relatos de problemas técnicos e atrasos em determinados palcos, a organização avaliou como “positiva e histórica” a realização da Virada, tanto pelo volume de público quanto pela diversidade de atrações.
João Gomes consolida espaço no mercado
O show no palco principal da Virada Cultural consolida João Gomes como um dos principais nomes da música brasileira contemporânea. Aos 22 anos, o artista pernambucano — que emergiu no cenário nacional durante a pandemia — reforça sua capacidade de lotar eventos de grande porte e dialogar tanto com públicos populares quanto com festivais urbanos de perfil diverso.
“Cantar na Virada Cultural é uma realização gigante. Vim pra trazer alegria e gratidão a São Paulo e a todo esse povo maravilhoso que acredita no meu trabalho”, afirmou o cantor ao final da apresentação, visivelmente emocionado.
Análise: cultura popular no centro da cidade
Para analistas de mercado, o investimento em artistas como João Gomes reflete uma mudança no eixo cultural das grandes metrópoles. “A música nordestina, o piseiro e as sonoridades periféricas ocupam hoje não só os rankings, mas também os grandes palcos institucionais, como a Virada Cultural. Isso é simbólico e relevante do ponto de vista sociocultural”, avalia o pesquisador em economia criativa Gabriel Andrade, ouvido pelo Diário Tocantinense.
Além disso, o protagonismo do artista reforça tendências do mercado musical, onde nomes que emergem de plataformas digitais e redes sociais rapidamente conquistam espaços antes restritos a circuitos mais tradicionais.
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