Governador do Tocantins ocupa a 9ª colocação no ranking nacional e mantém política de contenção de despesas na gestão pública
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), ocupa a nona posição entre os menores salários pagos a governadores no Brasil e recebe a menor remuneração entre os gestores da região Norte. O dado, levantado a partir dos portais de transparência dos estados e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), reforça uma estratégia de gestão pautada na responsabilidade fiscal e no uso racional dos recursos públicos.
Atualmente, o salário bruto de Wanderlei Barbosa é de R$ 24.117,62, valor mais de 30% inferior à média nacional, que varia entre R$ 35 mil e R$ 42 mil. É o menor salário da região Norte e o nono mais baixo entre todos os governadores do país.
Segundo nota oficial do governo, a política de contenção de despesas reflete um compromisso com a eficiência da máquina pública, a estabilidade fiscal e o fortalecimento dos investimentos sociais.
“O equilíbrio fiscal é base para garantir investimentos reais e duradouros ao povo tocantinense”, reforça o comunicado do Palácio Araguaia.
Gestão ancorada em responsabilidade fiscal
A remuneração reduzida não é apenas um dado simbólico. Segundo dados da Secretaria da Fazenda, o Tocantins fechou 2024 com superávit, aumento da arrecadação e redução da dívida pública, mantendo um dos melhores índices de gestão fiscal do país. O estado figura, segundo relatório da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), entre os cinco com melhor desempenho em equilíbrio das contas.
Austeridade com entrega
Apesar da política de austeridade, o governo afirma ter executado mais de R$ 650 milhões em obras e projetos estruturantes em 2024, abrangendo áreas como:
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Educação: expansão da rede de escolas em tempo integral e valorização dos professores.
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Saúde: ampliação da oferta de cirurgias, modernização da rede hospitalar e fortalecimento da atenção básica.
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Segurança: incremento no efetivo, aquisição de novas viaturas e fortalecimento da Polícia Militar.
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Infraestrutura: obras de pavimentação, recuperação de rodovias, pontes e melhorias urbanas nos 139 municípios.
Salário menor, impacto maior
Para além do equilíbrio das contas, especialistas em gestão pública e imagem política avaliam que a decisão do governador de manter a menor remuneração da região Norte tem impacto direto na sua reputação e comunicação com a sociedade.
“Num cenário em que a classe política frequentemente é associada a privilégios, adotar uma política salarial mais enxuta reforça a narrativa de proximidade com o cidadão e compromisso com o coletivo. Isso melhora sensivelmente a percepção da imagem pública do governador, fortalece seu capital político e amplia sua legitimidade social, especialmente em ano pré-eleitoral”, avalia o cientista político e especialista em marketing governamental Leonardo Sampaio.
Segundo ele, além de ser um gesto administrativo, a decisão tem efeito direto na construção da imagem pública de Wanderlei Barbosa como um gestor acessível, preocupado com as finanças do estado e comprometido em entregar resultados.
Comparativo nacional
O levantamento nacional mostra que Tocantins ocupa a nona posição no ranking dos menores salários de governadores. Estados como Pernambuco, Acre, Maranhão e Bahia também estão na parte inferior da lista. Na ponta de cima estão Mato Grosso, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde os salários superam os R$ 41 mil mensais.
No Norte, além do Tocantins, os salários mais baixos são registrados em Rondônia (R$ 35.070), seguido por Pará e Amazonas (ambos com R$ 35.462).
Conclusão
O dado sobre o salário de Wanderlei Barbosa reforça uma estratégia política e administrativa que combina austeridade fiscal com ampliação dos investimentos públicos. Na avaliação de especialistas, esse modelo contribui não apenas para o equilíbrio das contas estaduais, mas também fortalece a imagem do governador como um gestor eficiente, conectado com as demandas da população e com uma comunicação pública alinhada à responsabilidade social.
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