Sua notícia diária em primeia mão!
quinta-feira 19, junho, 2025
Sua notícia diária em Primeira mão!
quinta-feira 19, junho, 2025
Desde Março de 2018

-

spot_img

Marinha expulsa primeiro militar por ataque a instituições em Brasília e acende sinal sobre responsabilização nas Forças Armadas

Goiânia, 9 de junho de 2025 – A decisão de expulsar o suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, o primeiro militar punido pela Marinha por envolvimento nas invasões das sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023, representa um marco simbólico e político no debate sobre o rigor disciplinar e a responsabilização dentro das Forças Armadas.

A expulsão do suboficial

Caldas, de 51 anos, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 14 anos de prisão sob acusações de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. Ele foi preso preventivamente em dezembro de 2024 e permanece detido desde então.

O Conselho de Disciplina da Marinha decidiu, por unanimidade, expulsá-lo “a bem da disciplina do militar da situação de inatividade”. Com isso, Caldas perde todos os direitos e privilégios da carreira militar, sendo considerado “morto fictício”. Sua família continuará a receber pensão, conforme previsão legal.

Repercussões jurídicas

Especialistas em Direito Militar e constitucional são unânimes ao afirmar que a medida representa um importante precedente de responsabilidade institucional. Para o professor de Direito Constitucional da Universidade de Brasília, Dr. João Silva, “a expulsão reforça a disciplina militar e solapa a tolerância a condutas antidemocráticas dentro das Forças Armadas”.

Juristas próximos ao Tribunal Superior Eleitoral também destacam a relevância simbólica do caso: “A punição de Caldas é um sinal de que há limites para a politização das instituições militares”, afirma a advogada Mariana Torres, defensora da linha dura sobre civis no serviço ativo.

Impacto político

No plano político, a expulsão fortalece a percepção de que as Forças Armadas estão sujeitas a controle civil e aos parâmetros do Estado democrático de direito. A ministra da Defesa, em nota oficial, declarou que “a manutenção da hierarquia e da disciplina exige resposta clara a delitos graves praticados por militares, inclusive na inatividade”.

Analistas de ciência política observam que a decisão destina-se a confortar setores da sociedade e do Congresso que resistem à crescente influência das Forças Armadas no debate político. “É uma mensagem clara: o envolvimento em atos golpistas terá consequências ‒ mesmo após deixar a ativa”, comenta a cientista política Dra. Ana Souza.

Olhar para o futuro

O caso de Caldas surge no momento em que outros militares — incluindo oficiais de alta patente e ex-chefes das três Forças — responderão a processos disciplinares ou já foram denunciados por sua participação no episódio de 8 de janeiro2. A perspectiva é de que novos conselhos disciplinares sejam instalados, o que pode reforçar a reação institucional na direção da responsabilização e proteção da democracia.

Link para compartilhar:

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimas noticias

Manu Bahtidão, Leonardo, É o Tchan e Matheus Fernandes abrem São João da Bahia com festa gratuita em Salvador

Festejos juninos organizados pela Sufotur começaram no Parque de Exposições com shows vibrantes, público em delírio e programação até...

Suspeito de furto é agredido com mangueira de gás em via pública em Guaraí; caso gera revolta nas redes

Exclusivo | Diário Tocantinense I 🛑 Um caso de agressão pública envolvendo um suspeito de furto voltou a acender...

Leonardo revive luto por Leandro, Alexandre Pires emociona em DVD, Maiara defende o pai no palco e Spirit — o cavalo real — completa...

Leonardo revive a dor: “Jamais vou esquecer aquela noite” Leonardo voltou esta semana à cidade onde, há 26 anos, recebeu...

Davi, Golias e o discernimento nas batalhas: o que a Bíblia ensina sobre quais guerras devemos enfrentar

Em tempos de hiperconectividade e polarização crescente, cresce também a quantidade de batalhas — simbólicas ou reais — travadas...
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img

Ksarin mira Assembleia Legislativa em 2026 e articula base a partir de Colinas

Diário Tocantinens-O prefeito de Colinas do Tocantins, Josemar Ksarin (União Brasil), começa a ser citado nos bastidores como um...

COLINAS: Invasão de lote segue sem representação ao MP; Polícia Civil investiga caso

Diário Tocantinense-Mais de 48 horas após o registro de uma denúncia de invasão de lote urbano em Colinas do...
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img