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Alta nos hortifrúti pressiona o bolso do consumidor e acende alerta para inflação dos alimentos em 2025

Banana nanica, mandioca, couve e feijão apresentam variações nos preços médios nas centrais de abastecimento do país. Especialistas apontam impacto direto na cesta básica e reforçam necessidade de monitoramento contínuo do setor.

Um levantamento realizado a partir do Boletim Prohort, divulgado pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), aponta que os preços médios dos principais produtos hortifrutigranjeiros comercializados nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) brasileiras vêm registrando oscilações expressivas nas últimas semanas, influenciadas por clima, demanda e logística.

Na análise mais recente, referente à semana de 17 a 24 de março de 2025, produtos como banana nanica, feijão, mandioca e couve demonstraram comportamento distinto, com variações que repercutem diretamente no orçamento do consumidor final.

Banana nanica: aumento de 5,1% e menor oferta por condições climáticas

A banana nanica, uma das frutas mais consumidas no Brasil, registrou aumento médio de 5,1% no atacado. O Prohort atribui essa elevação à redução da oferta nas regiões produtoras, causada por excesso de chuvas em Minas Gerais e no Vale do Ribeira (SP), que impactaram colheita, maturação e transporte.

“A banana é um item sensível ao transporte e ao manuseio. Quando há umidade acima da média, o índice de perda aumenta, e o preço tende a subir para compensar a escassez”, explica o engenheiro agrônomo Carlos Teixeira, consultor do setor de abastecimento da Ceasa/GO.

A elevação no atacado já começa a se refletir nas feiras e supermercados, onde o quilo da fruta ultrapassou R$ 5,00 em algumas capitais. Como é um item presente na merenda escolar e no cardápio diário de milhões de brasileiros, o aumento gera preocupação.

Feijão: escassez eleva preço médio em 3,2%

Outro destaque da semana foi o feijão, que teve alta de 3,2% em seu preço médio. A oferta nacional tem sido pressionada por queda na produtividade da safra de verão, principalmente em estados como Paraná, Goiás e Minas Gerais.

Além do clima desfavorável, os custos com transporte e armazenamento também contribuíram para a elevação. A menor oferta do tipo carioca tem feito consumidores migrarem para o feijão preto, o que já acende um alerta para pressão cruzada entre os tipos.

Mandioca: demanda constante e aumento de 4,3% no preço médio

A mandioca de mesa (ou aipim) registrou variação positiva de 4,3% no período. Segundo o Prohort, o crescimento da demanda urbana e os desafios logísticos — especialmente em regiões do Norte e Nordeste, onde o escoamento depende de estradas vicinais — contribuíram para o aumento.

Embora o preço no atacado esteja em média R$ 2,20/kg, nas prateleiras o valor já chega a R$ 5,50 em algumas cidades. A mandioca é um item essencial da dieta em diversas regiões do país e sua valorização impacta diretamente as famílias de menor renda.

Couve: estabilidade com leve tendência de alta

Diferentemente dos demais itens, a couve manteve estabilidade, com leve oscilação positiva de 0,5%. A boa oferta, especialmente em áreas próximas às grandes cidades (como a região de Mogi das Cruzes, em São Paulo), tem mantido os preços controlados.

Contudo, técnicos da CEAGESP alertam que a entrada do outono pode provocar variações nos próximos relatórios, já que a cultura da couve é sensível à mudança de temperatura e à redução do fotoperíodo.

Impacto no consumidor e na inflação alimentar

As variações semanais, embora aparentemente pequenas, têm efeito cumulativo na inflação dos alimentos, principalmente sobre a cesta básica das famílias mais vulneráveis. Produtos como banana, feijão e mandioca representam ícones da alimentação brasileira e compõem a estrutura dos índices inflacionários calculados pelo IBGE.

De acordo com dados recentes do IPCA-15 (prévia da inflação oficial), o grupo “Alimentação e Bebidas” subiu 0,89% em março, sendo a principal contribuição para a alta geral do índice. A escalada nos preços de hortifrúti tem papel direto nessa pressão.

“O consumidor final sente rapidamente essas variações. Quando produtos básicos ficam mais caros, há substituições, mudança de hábitos e, muitas vezes, queda na qualidade nutricional das refeições”, afirma a economista agrícola Marina Borges.


Projeções e cenário para abril

Com o fim do período de chuvas em grande parte do país, a expectativa é de que os preços se estabilizem gradualmente em abril, especialmente para hortaliças folhosas e frutas sensíveis. No entanto, a volatilidade climática, o custo de insumos agrícolas e a demanda de exportações seguem como fatores que podem interferir nos preços.

A recomendação para consumidores é buscar variações regionais, produtos da safra e feiras livres, que costumam oferecer melhores preços que grandes redes de supermercados.

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