Uma das queixas da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmem Lúcia, é sobre a pouca participação das mulheres na política, apesar de haver legislação específica que obriga os partidos a destinarem mais recursos e vagas obrigatórias para candidatas mulheres nos pleitos eleitorais. Nesta eleição, a população de Palmas escolheu seis mulheres, dentre os 23 que vão atuar no legislativo municipal a partir de 2025.
Em 2020 foram eleitas quatro mulheres dentre 19 vagas em Palmas e as seis eleitas agora representam 26,8% dos parlamentares eleitos no último domingo, 6. Ou seja, as mulheres ainda não ocupam 30% das vagas.
Há cidades em que as mulheres lutam com mais dificuldades para alcançar êxito na política. No caso da Câmara de Araguaína, a situação é muito pior. Nenhuma mulher foi eleita.
Isso acontece porque os partidos não cumprem as regras sobre o mínimo de candidaturas, colocando candidatas sem condições mínimas de concorrer e que muitas vezes vão ter mal e mal o próprio voto. Além disso, o critério sobre repasse de fundo partidário também não é cumprido.
Anistia
O Congresso Nacional aprovou recentemente anistia aos partidos pelas multas dadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo não cumprimento das regras de cotas (mulheres e pretos) e por não cumprimento do repasse de fundo partidário ou por fraudes.
Em Palmas há reclamações em vários partidos sobre a questão da distribuição do fundo partidário, onde dirigentes beneficiam determinados candidatos, em detrimento das candidaturas de cotas (mulheres e pretos) sob critérios pouco transparentes e desconhecidos até pelos filiados da maioria das legendas da atualidade.
Veja que são vereadoras eleitas para 2025:
Karina Café (Republicanos): 2.643 votos
Marycats da Causa Animal (Podemos): 2.215 votos
Professora Iolanda Castro (Republicanos): 1.712 votos (reeleita)
Delma Freitas (PP): 1.701 votos
Thamires do Coletivo Somos (PT): 1.537 votos
Débora Guedes (Podemos): 1.390 votos
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