"Adubo e Fertilizantes" interfere diretamente na produção alimentícia, analista explica atual situação do Brasil

Em consequência da guerra russo-ucraniana o Brasil recebeu uma série de aumento de custos que já vinham subindo em função da pandemia de covid-19.

Entre eles, o do adubo, e o fertilizante do solo, fundamental para o cultivo em solos tropicais, tem se destacado com os aumentos sugestivos em decorrência a esse fato histórico. Sem fertilizante a produção nos trópicos despenca.

O Brasil importa 85% do fertilizante que consome, sendo 23% deles importados da Rússia. A Rússia e seu principal aliado, a Belarus, são responsáveis por 46% das exportações globais de fertilizantes à base de potássio, segundo a Stonex. Quanto aos outros tipos de fertilizantes, a Rússia é um importante player global e fornecedor para o Brasil. 

Segundo o engenheiro agrônomo e analista da Scot Consultoria, Alcides Torres, o quadro do Brasil é preocupante, no que diz respeito à movimentação de adubo e fertilizantes, o que reafirma que o Brasil teria que ter se preocupado com políticas de incentivos para ser autossuficiente. “Talvez, apesar do apelo do mercado, fosse interessante o Brasil ter uma política de segurança alimentar que incentivasse a produção nacional de fertilizantes, diante da demanda crescente e projeção do consumo futuro”. 

No geral, o quadro "adubo e fertilizante” interfere diretamente na produção alimentícia, uma vez que temos visto esse cenário mudar a cada mês. “O custo de produção aumentou, a comida ficou cara, teremos mais fome, no mundo e no Brasil. Ações para amenizar esse quadro, tais como auxílios emergenciais, deixarão de ser uma opção para ser uma necessidade”, explica o analista ao ser questionado sobre a real situação do país. 

Alcides ainda explica que se a guerra russo-ucraniana perdurar, a única saída do Brasil será encontrar outros países produtores de adubo.

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