Após acusações, defesa de Mauro Carlesse protocola recurso com 234 páginas ao STF

Na última segunda-feira, 29, a defesa do Governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), afastado por crimes contra o governo, apresentou um recurso ao gabinete do ministro Mauro Campbell. 

O documento que contém 234 páginas ao todo nega as acusações e isenta Mauro Carlesse dos vários crimes investigados.

No documento, a defesa de Carlesse afirma que as investigações são: “unilaterais realizadas pela Polícia Federal e impregnadas de conjecturas e presunções”. 

A defesa ainda alega, sobre circunstâncias do esquema de movimentação financeira alta do acusado, que as movimentações são compatíveis com o patrimônio. 

O recurso de defesa, solicita ao Supremo Tribunal de Justiça (STF) que todas as medidas cautelares sejam revogadas e que Mauro Carlesse retorne ao cargo. 

Entenda o caso

Em dossiê, Mauro Carlesse e Claudinei Quaresemin, além de outros envolvidos estariam sendo acusados de compor uma organização criminosa.  O governador e o sobrinho seriam os responsáveis pela coordenação do esquema ilícito que obriga os prestadores de serviço de saúde junto ao Plano de Assistência à Saúde dos Servidores do Tocantins PLANSAÚDE, a efetuar o pagamento de quantias indevidas como condicionante para o recebimento dos valores devidos pelo Estado de Tocantins.

De acordo com o documento inicial a INFOWAY, contratada pelo Estado de Tocantins para fiscalizar os convênios do PLANSAÚDE era utilizada como mecanismo de pressão da suposta organização criminosa, para efetuando a levada de valores todas às vezes em que solicitava aumentar o percentual das vantagens ilícitas.

No período, as acusações apontavam, também, para uma ação de Carlesse durante investigações através da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a remover, de forma supostamente ilegal, os delegados que estavam à frente do caso.

Na mesma circunstância, colaboradores relataram que a Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR), da qual foram removidos os delegados, teve o nome utilizado para intimidá-los e ameaçá-los de prisão.

Em investigações, tramitam essas e outras acusações. 

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