O município de Couto Magalhães, na região norte do Estado, saiu na frente e tornou-se a primeira cidade brasileira a incluir os trabalhadores de posto de combustível na lista de prioridade da vacinação contra a covid-19. Nesta última sexta-feira, 18, foram imunizados com a primeira dose da vacina 30% dos frentistas, independentemente da idade. Os demais deverão ser vacinados até o final da próxima semana. As informações são do Sindicato dos Frentistas de Palmas e região (Sintraposto).
Segundo a entidade outras 12 cidades tocantinenses nas quais trabalham mais de 1.600 frentistas já protocolaram requerimentos para a imunização prioritária dos frentistas, incluindo a capital Palmas e a cidade de Araguaína, a segunda maior do estado.
Estratégia de imunização
“Nossa estratégia deu certo. Distribuímos um requerimento padrão e incentivamos os trabalhadores de todas as cidades do Tocantins a cobrar providências dos vereadores e prefeitos que elegeram. A pressão está dando resultado e a nossa expectativa é de que, nas próximas semanas, outros municípios sigam o exemplo de Couto Magalhães”, comemora e aposta o presidente do Sindicato dos Frentistas de Palmas e Região (Sintraposto-Palmas), Andreys César.
“É muito importante que as cidades e estados revejam seus planos de imunização para vacinar prioritariamente os frentistas. Não só por eles mesmos e suas famílias, mas também para que os postos de abastecimento não continuem a ser vetores de transmissão da doença”, aponta o presidente do Sindicato dos Frentistas de Araguaína e Região (Sintraposto-Araguaína), Neurivan Coelho.
Juntos, os sindicatos dos frentistas das regiões de Palmas e Araguaína representam mais de quatro mil trabalhadores em todo o Estado do Tocantins.
Números de mortes
Mortes entre frentistas aumentaram mais de 60% dos trabalhadores essenciais foram os que registraram maiores aumentos no número de mortes, na comparação entre o início do ano passado. Com base em informações nacionais do Ministério da Economia, confirmadas pela Fenepospetro junto a fontes no Dieese e na Fiocruz, dentre os trabalhadores formais que não puderam ficar em casa em nenhum momento da pandemia, as mortes entre frentistas são as que tiveram o maior salto: 68%. Entre os caixas de supermercado a variação foi de 67% e entre os motoristas de ônibus houve 62% de mortes a mais.
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