A construção civil, no início da pandemia, passou por uma baixa devido as incertezas geradas e falta de previsões para o fim deste período. Porém, ao passar do tempo, as pessoas ficando cada vez mais em suas residências começou-se uma grande procura para execução de reformas, construções e até mesmo aquisições de imóveis prontos, em busca de mais conforto e qualidade de vida, uma vez que neste período seria neste local que as pessoas passariam grande parte de seu tempo.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 5,2 pontos em junho, para 92,4 pontos. É o segundo aumento consecutivo do indicador e o mais elevado desde julho de 2020. O cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). (Https://revistaoeste.com/economia/indice-confianca-da-construcao-civil-tem-a-maior-alta-desde-julho-de-2020-registra-fgv/)
Com as medidas de segurança contra o COVID-19 e as baixas no mercado, várias empresas foram obrigadas a diminuir o seu efetivo em um primeiro momento, diminuindo assim sua produção, fato este que ocorreu nitidamente junto ao aumento da procura pelas obras supracitadas. Com isso houve um déficit de insumos da construção civil em geral, fazendo com que a quantidade insuficiente de insumos no mercado elevasse seu preço, por outro ladro ocorreu também a flutuação de valores de mercado acompanhando a variação do dólar e o preço do petróleo.
Ao analisar o banco de dados atualizado do CUB/GO (custo unitário básico de construções) SINDUSCON-GO, região próxima ao Tocantins, (análise esta devido à falta de atualização do banco de dados do estado do Tocantins cuja sua última publicação foi em maio de 2019), nota-se um aumento médio de 1,3% do custo da construção por metro quadrado, por mês, de março de 2021 a julho de 2021. Já a variação do INCC tem um acréscimo acumulado de 10% desde o início do ano a julho.
Fica bem claro o aquecimento real da área da construção civil, trazendo assim grandes expectativas para o ramo, assim como grandes preocupações no que tange a falta de qualidade em determinadas contratações, na falta de mão de obra qualificada para atender a demanda e por fim, a preocupação do repasse desses custos ao consumidor final, que em sua grande maioria financiam suas construções, que com valores elevados vão necessitar de uma renda familiar bruta maior, dificultando assim as novas aquisições para as famílias de mais baixa renda. (Veja abaixo o PDF)
Gustavo Siriano Bonagura,
Proprietário da empresa BONNA CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA.
Graduado em Engenharia Civil na Universidade CEULP/ULBRA,
MBA Gerenciamento de Obras, Produtividade, Racionalização e Desempenho da Construção, cursando MBA Patologia das Construções: Diagnósticos e Tratamento
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