A atualização do relatório Policial Federal, sobre o caso que levou ao afastamento do governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), aponta que o grupo teria utilizado como laranja um refugiado haitiano que trabalhava como pedreiro em Balneário Camboriú. A informação foi divulgada pela Coluna Painel da Folha de São Paulo.
Miciale Pierre, apontado como laranja, segundo o relatório, teria uma renda de cerca de R $1.000, saldo contrário ao descrito no notebook de Quaresmin exibia o valor de R$ 420 mil.
Em depoimento à PF, Miciale Pierre afirmou que seu contratante Rafael Augusto de Souza, de Santa Catarina, pagava R$ 500 a mais por mês para colocar uma empresa em seu nome, mas sem que lhe dissesse o motivo.
Segundo o levantamento da PF, os extratos mostram depósitos com valores altos e similaridades entre os números dos cartões de Miciale e Quaresemin, o que pode sugerir que sejam titulares e adicionais.
Transações de até R $60 mil eram feitas pela plataforma de pagamentos digitais Link Pay, a mesma usada por Quaresemin.
Entenda o Caso Carlesse
Em dezembro de 2021 a Assembleia Legislativa abriu um processo de impeachment por crime de responsabilidade contra Carlesse, após seu afastamento por 180 dias do cargo de governador. A suspeita é de desvios de parte do que o estado repassava a hospitais referente ao Plansaúde (plano de saúde dos servidores estaduais). Segundo as investigações, uma porcentagem do dinheiro era devolvido ao governador e aliados, como propina.
Em manifestação, o grupo teria recebido R$ 9,5 milhões entre 2018 e 2021 e desse total ao menos R$ 7,8 milhões não tem explicação para a origem.
Carlesse também é acusado de ter adquirido materiais de pesca por intermédio de auxiliares utilizando dinheiro do Hospital de Urgência de Palmas.
O DT abre espaço para que a defesa do governador afastado Mauro Carlesse comente o assunto.
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