A Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi comunicada nesta terça-feira, 17, da confirmação do primeiro caso de Covid-19 – pela variante Delta – no Estado do Tocantins. A amostra sequenciada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é de um paciente de 36 anos, atendido na Unidade de Saúde da 503 norte, no município de Palmas, em julho deste ano.
“A amostra foi coletada e enviada para o Laboratório Central De Saúde Pública do Tocantins (LACEN/TO) no dia 13/07/21. No dia 21/07/21 foi encaminhada para o sequenciamento genômico na Fiocruz, seguindo os critérios estabelecidos pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, que é CIEVS Nacional e o Comitê Gestor de Recursos Laboratoriais”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Perciliana Bezerra.
Ainda segundo a superintendente, os CIEVS — Estadual e Municipal — foram comunicados para procederem a uma investigação clínica/epidemiológica do paciente. “Estamos acompanhando a investigação junto ao município de Palmas, para podermos saber se este paciente é morador da Capital ou não, se veio a óbito, se houve contaminação comunitária e, até mesmo, se esta pessoa já havia tomado algum imunizante”, acrescentou a Superintendente.
Dados do CIEVS estadual apontam que são enviadas semanalmente de três a quatro amostras para sequenciamento na Fiocruz. “Seguimos com os envios e regulares, mas as análises ocorrem de acordo com as demandas que eles recebem de todo o país, por isso somente agora veio o resultado de uma coleta do mês de julho”, explicou a diretora do LACEN/TO, Jucimária Dantas.
Ainda segundo a diretora “além das amostras enviadas à Fiocruz, contamos com a parceria da Universidade Federal do Tocantins, no Projeto Corona-Ômica BR (Rede Nacional de Genomas, Exoma e Transcriptoma de COVID-19), no intuito de monitorar a dispersão das mutações de variantes de atenção ou preocupação no território, assim como o monitoramento do comportamento e impacto epidemiológico da doença”, afirmou.
Para o titular da SES, Dr. Edgar Tollini, “a confirmação deste, caso reafirma que a população deve continuar com as medidas de combate à doença, bem com o uso das máscaras, a higienização das mãos com o álcool em gel, não aglomeração e a imunização de quem já está entre os grupos prioritários e receberam a 2.ª dose. Segundo estudos recentes, as vacinas são eficientes e protegem também contra a Delta, mas ela é mais virulenta, ou seja, transmite mais rápido e infecta mais pessoa”, pontuou, acrescentando que “fizemos questão de manter o princípio da transparência, comunicando a população sobre esta confirmação, mas não há motivos para desespero, pois a Gestão Estadual está vigilante à proliferação de novas variantes e segue firme nas medidas de combate à Covid-19”.
Variantes no Estado
Até o momento o Estado dispõe de 237 amostras sequenciadas, das quais 137 amostras, ou seja, 57,80% dos genomas já sequenciados são atribuídos à variante Gama (P.1) e uma identificada com a sequência genômica compatível com a variante Delta (B.1.617.2.
A variante Delta
Com início de disseminação em fevereiro deste ano, na Índia, a variante Delta, já chegou a cerca de 100 países, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, ela já foi confirmada em 14 estados, incluindo o Tocantins.
Segundo especialistas, os sintomas da infecção pela Delta são bem-parecidos com os de um resfriado comum (dores de cabeça, dores de garganta, tosse, febre, nariz escorrendo, mal-estar e dor muscular).
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