Rita Lee, 75, faleceu, na segunda-feira, 08, devido a complicações de um câncer de pulmão. A informação foi divulgada no perfil oficial da artista no Instagram e também na página de seu marido, Roberto de Carvalho.
No comunicado oficial, a família afirma que Rita faleceu segunda-feira (8), em sua casa, em São Paulo, “cercada de todo o amor da família, como sempre desejou”. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, diz.
A cantora recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão em 2021. O diagnóstico veio após exames de rotina e o tratamento adotado foi uma combinação de radioterapia e imunoterapia. Menos de um ano depois, em abril de 2022, a família anunciou a remissão do câncer.
Legado
Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Rita Lee foi um dos maiores nomes da música brasileira, com mais de 55 milhões de discos vendidos e o título de “Rainha do Rock”. O rock, no entanto, não foi o único gênero que inspirou a artista. Bossa nova, música eletrônica, pop e, claro, a psicodelia dos anos 70 estiveram presentes nas diferentes fases da cantora e compositora.
De 1966 a 1972, ela integrou Os Mutantes, consagrada banda de rock psicodélico brasileiro, ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, com quem também foi casada de 1968 até 1972. Panis e Circenses, Baby e Ando Meio Desligado são alguns dos hits do grupo, que foram imortalizados pela voz de Rita Lee.
Biografia
Antes de sua partida, a estrela havia anunciado pelo Instagram que no próximo dia 22 de deste mês, lançaria seu novo livro autobiográfico. Intitulada Outra Autobiografia, a edição chegará através da Globo Livros e focará nos últimos três anos de vida da cantora, principalmente em sua batalha contra o câncer de pulmão.
No Instagram, Rita também divulgou um trecho da obra:
“Quando decidi escrever ‘Rita Lee: Uma Autobiografia’ (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica.”
Em outro momento, o personagem Phantom, criado pela imaginação de Rita, dá um spoiler do que será encontrado nas páginas do livro:
“Os últimos anos foram, sim, desafiadores. Ao mesmo tempo que o mundo passava por uma pandemia, Rita foi diagnosticada com câncer no pulmão. Em um texto franco, ora cru e chocante, ora cheio de ironias, ora sutil e amoroso, ela não poupa detalhes de seu tratamento. Com franqueza e honestidade, Rita pariu um novo livro autobiográfico que vai mexer profundamente com o leitor. Ao nos entregar esse livro, Rita é tomada de uma coragem que só não é superior ao amor que tem por seu público. Afinal, ela quis contar a ele, tim-tim por tim-tim, o que se passou. Viva Rita!
Viva, sempre!”
Velório
O velório será aberto ao público, no Planetário do parque Ibirapuera, na quarta-feira, dia 10, das 10h às 17h. De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular.
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